O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está no centro de uma disputa silenciosa que vem agitando os bastidores da política nacional. Pressionado por aliados de centro e direita a definir ainda neste ano se será candidato à Presidência da República em 2026, Tarcísio tem demonstrado incômodo e cautela diante da movimentação antecipada.
Segundo relatos, o governador considera prematuro falar em corrida presidencial neste momento. Em conversas reservadas, Tarcísio tem reafirmado que só tomará uma decisão definitiva em março de 2026, mantendo o foco total na gestão paulista.
A posição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reforça essa postura. O líder da direita tem repetido que Tarcísio é, por ora, candidato à reeleição ao governo de São Paulo, e que o debate sobre o Planalto só deve acontecer no próximo ano.
A cautela também é alimentada pelo cenário nacional: as últimas pesquisas indicam uma recuperação gradual de Lula (PT), o que, segundo aliados próximos, reduz o espaço político para uma candidatura tucana ou bolsonarista neste momento. Nos bastidores do Palácio dos Bandeirantes, o entendimento é claro — se o petista mantiver o fôlego nas pesquisas, Tarcísio deve permanecer no governo paulista e deixar a disputa presidencial para 2030.
Apesar disso, a ala mais ansiosa da direita, representada pelo presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, pressiona para que o nome de Tarcísio seja lançado ainda em dezembro. Bolsonaro, porém, resiste e avisa que não pretende antecipar nenhum apoio antes da hora. Deputados da base temem que uma movimentação precoce possa fragilizar as articulações que tentam viabilizar uma anistia política ao ex-presidente.
Entre a pressão dos aliados e o conselho de Bolsonaro, Tarcísio tenta manter o equilíbrio. E, enquanto a direita se divide sobre o timing da disputa presidencial, o governador de São Paulo parece decidido: não vai se precipitar — e muito menos ser empurrado para o Planalto antes da hora.
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*Com informações CNN