O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está construindo uma verdadeira bomba fiscal que pode explodir nas mãos do próximo presidente em 2027. O chamado “kit reeleição” – com aumento de programas sociais, estímulos econômicos e benefícios para a população de menor renda e classe média – garante popularidade imediata, mas aproxima o país do colapso fiscal.
Dados do Banco Central mostram que a dívida pública subiu de 71,7% do PIB em dezembro de 2022 para 77,5% em julho de 2025, e o Orçamento federal segue engessado em mais de 90%. A projeção é que a dívida atinja 84% do PIB ao fim de 2026, criando um cenário insustentável: o sucessor de Lula terá de decidir entre cortes de gastos sem precedentes ou abandonar o arcabouço fiscal, jogando o país em uma instabilidade crônica.
A PEC 66/23, que flexibiliza o pagamento de precatórios, é a prova de que o governo está postergando o problema. Ao excluir essas dívidas do limite de gastos e reduzir os juros de 15% ao ano para IPCA+2%, a medida dá fôlego para o surto de gastos eleitorais em 2026, mas deixa um passivo crescente para os anos seguintes.
Especialistas alertam que o conflito entre política fiscal e monetária tende a se intensificar. Samuel Pessôa, do FGV Ibre, destaca que os gastos crescerão 3% em termos reais em 2026, no auge da campanha, evidenciando que a expansão de despesas é estratégica, visando eleitoralmente Lula, mas fiscalmente perigosa.
O efeito imediato já é sentido: juros mais altos e inflação persistente, reflexos do crescimento acelerado da dívida e da rigidez orçamentária. Analistas classificam a situação como um legado explosivo: a tentativa de garantir a reeleição hoje pode comprometer a estabilidade econômica do país e obrigar o próximo governo a medidas impopulares e drásticas.
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*Com informações Gazeta do Povo