A energia elétrica residencial virou a principal vilã do orçamento das famílias brasileiras. Em setembro, o IPCA (inflação oficial) subiu 0,48%, revertendo a deflação de agosto, e o aumento da luz foi o responsável por quase todo o impacto. O fim do crédito do “Bônus de Itaipu” e a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 elevaram a conta em até R$ 7,87 a cada 100 kWh, pressionando diretamente o bolso do consumidor.
Algumas cidades registraram aumentos absurdos: São Luís (27,30%), Vitória (12,37%), Curitiba (12,24%), São Paulo (25,57%) e Porto Alegre (18,32%). No acumulado do ano, a energia elétrica subiu 16,42% no Brasil, corroendo o orçamento das famílias e contribuindo para a inflação em 12 meses de 10,64%.
Para muitos brasileiros de baixa renda, a luz deixou de ser apenas uma despesa fixa: virou um peso insuportável, forçando cortes em alimentação, transporte e saúde. O aumento das tarifas atinge de forma desproporcional quem menos pode pagar, enquanto os reajustes são aplicados por concessionárias e aprovados por órgãos reguladores sem alternativas imediatas para aliviar o impacto.
O IBGE reforça que os reajustes em capitais como Belém (9,46%), Rio de Janeiro (10,71%) e Fortaleza (9,40%) mostram que o problema não é isolado: a alta da energia é generalizada e ameaça o poder de compra da população. O brasileiro assiste, impotente, a sua renda sendo consumida por uma conta de luz cada vez mais cara, enquanto a inflação segue em ritmo preocupante.
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*Com informações Metrópoles