O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu com veemência à ameaça do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de cortar até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares após a perda de validade da MP 1303, que trazia alternativas ao aumento do IOF.
Para Motta, a ameaça representa um ataque direto à população, pois os recursos das emendas financiam obras e serviços essenciais nas cidades, incluindo saúde, educação, assistência social e o SUS. “Cortar emendas é decidir contra o povo que não verá os benefícios do governo chegando na ponta”, disse.
O deputado também acusou autoridades de praticarem um “desserviço” ao país, adotando discursos pejorativos contra as emendas parlamentares. “Quem desconhece a realidade das cidades e tenta desqualificar o trabalho dos deputados compromete diretamente a população”, afirmou.
Hugo Motta planeja levar a questão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem mantém bom trânsito, para argumentar que a postura de alguns ministros soa como chantagem a parlamentares, prejudicando a construção de alianças para aprovação de medidas importantes.
A tensão política aumenta depois que a Câmara retirou de pauta a MP 1303, que perderia validade nesta quarta-feira (8). Com a medida sem efeito, o governo enfrenta uma frustração de R$ 17 bilhões em receitas, e Haddad confirmou que poderá cortar até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares para tentar equilibrar as contas, medida que Motta classifica como um ataque direto aos municípios e à população.
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*Com informações CNN