A Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande acendeu o sinal de alerta sobre um possível colapso no atendimento da rede pública de saúde caso os médicos contratados como Pessoas Jurídicas (PJ) decidam aderir a uma paralisação. A preocupação maior é com os profissionais da ortopedia, que concentram a maior demanda do hospital, segundo o presidente da instituição, Alir Terra.
O atraso na folha de pagamento da categoria, que soma R$ 8 milhões, tem pressionado a direção da Santa Casa a buscar uma solução urgente. Nesta semana, a direção solicitou uma reunião com a prefeitura e o governo do Estado para tratar da renovação do convênio do SUS, cujo termo atual, de R$ 32,7 milhões, não cobre os custos crescentes da instituição, que responde por 55,37% da demanda hospitalar da Capital.
A prefeita em exercício, Camilla Nascimento (Avante), já conversou com os dirigentes, e um novo encontro deve ser agendado com representantes estaduais. A Santa Casa reivindica a renovação do convênio ajustado para R$ 45,9 milhões, incluindo recomposição retroativa referente aos últimos dois anos sem reajuste, medida ainda não analisada pelo juiz Cláudio Müller Pareja.
A situação é agravada pelo congelamento do repasse desde 2023, em meio à inflação e aumento de custos hospitalares. Advogados do hospital apresentaram reportagens que destacam paralisações anteriores por falta de pagamento, reforçando a gravidade do cenário.
Na semana passada, a Justiça deu prazo de 30 dias para que Estado, município e hospital elaborem e assinem um novo contrato, mas negou o pedido da Santa Casa para que o termo seja firmado no valor reivindicado de R$ 45.946.359,89 mensais.
A indefinição coloca em risco não apenas o funcionamento da Santa Casa, mas também o atendimento de milhares de pacientes dependentes do SUS na Capital.
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*Com informações Midiamax