O PSDB de Mato Grosso do Sul vive um dos momentos mais delicados de sua história recente. Com o mandato interino do deputado federal Geraldo Resende à frente do partido prestes a terminar, a legenda enfrenta uma disputa acirrada pelo comando e a ameaça de uma debandada em massa.
Dos seis deputados estaduais tucanos, quatro já decidiram deixar o partido: Mara Caseiro, Zé Teixeira e Jamilson Name, que devem migrar para o PL, e Paulo Corrêa, que está praticamente acertado com o Progressistas (PP). A movimentação reforça o clima de incerteza e a percepção de esvaziamento do PSDB, que já perdeu protagonismo político no Estado desde a saída do ex-governador Reinaldo Azambuja da presidência.
Enquanto isso, Pedro Caravina e Lia Nogueira manifestam o desejo de permanecer, mas impõem uma condição clara: querem assumir o comando do partido. Caravina, inclusive, já comunicou à cúpula nacional que pretende resolver o impasse nos próximos dias e não descarta deixar a sigla caso o controle não seja entregue a quem realmente pretende reconstruí-la.
O deputado defende a formação de uma chapa sólida com os parlamentares e vereadores que permanecerem no PSDB, destacando que, pelas regras eleitorais, os vereadores eleitos só poderão trocar de partido a partir de 2028.
No cenário federal, o futuro também é incerto. O trio de deputados tucanos — Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende — chegou a conversar com o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, sobre a possibilidade de permanência. No entanto, as conversas não resultaram em garantias.
Beto Pereira avalia uma filiação ao Republicanos, enquanto Dagoberto Nogueira já tem tratativas avançadas com o PP. Apenas Geraldo Resende manifestou abertamente o desejo de continuar e de seguir na presidência do partido, mas enfrenta resistência interna dos colegas estaduais, que podem acelerar a fragmentação do PSDB sul-mato-grossense caso não sejam contemplados no novo arranjo.
Com a indefinição do comando e o prazo do mandato interino chegando ao fim, o partido se vê diante de um dilema: ou se reorganiza rapidamente sob nova liderança, ou corre o risco de perder quase toda a sua bancada e relevância política em Mato Grosso do Sul.
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*Com informações Investiga MS