O MDB ainda não bateu o martelo sobre seu posicionamento para as eleições presidenciais de 2026, e a definição só ocorrerá em convenção nacional, segundo o presidente da sigla, Baleia Rossi. O partido poderá apoiar a reeleição de Lula (PT), uma eventual candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ou até lançar um candidato próprio, mostrando que a sigla caminha para um embate interno estratégico.
Em evento com líderes partidários em São Paulo, Baleia Rossi deixou claro que a decisão será coletiva e democrática: “O MDB tem diretórios e composição em cada Estado. Na convenção, todos terão direito ao voto e poderão opinar se apoiam um projeto, outro ou até se não participarão da eleição nacional.”
O partido ainda mantém uma ala aliada ao governo, com Simone Tebet (Planejamento), Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades) ocupando ministérios, além do apoio do governador Helder Barbalho (PA). Baleia Rossi reforçou que o MDB dialoga tanto com o PT quanto com o PL, evitando comprometer-se com qualquer pré-candidato.
O ministro Renan Filho indicou que a sigla pode disputar a vice-presidência na chapa de Lula, mas destacou que a decisão cabe ao presidente e ao governo. Ele reforçou que a popularidade do governo e os números da economia serão determinantes para manter o MDB na base aliada, mesmo enquanto cogita concorrer ao governo de Alagoas.
Por outro lado, o partido já firmou compromisso com a reeleição de Tarcísio no estado de São Paulo e planeja lançar oito candidatos próprios a governador, mostrando força regional e independência política.
A divisão interna, porém, é evidente. Uma ala liderada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, defende romper com Lula e lembra que o apoio a Tarcísio e Bolsonaro foi crucial em eleições passadas. Nunes também criticou a postura de Simone Tebet em 2022, por declarar apoio ao petista sem diálogo com aliados do partido.
O MDB entra em 2026 em um tabuleiro estratégico, equilibrando alianças nacionais com interesses regionais, enquanto mantém tensão interna sobre sua posição oficial, deixando o país em suspense sobre seu papel na corrida presidencial.
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*Com informações Gazeta do Povo