Sábado, 18 de Outubro de 2025

Lula aposta em impostos e ignora contas: Brasil à beira do colapso fiscal

Enquanto Planalto finge “justiça social”, governo perde R$ 34 bilhões e cria cenário para crise histórica

17/10/2025 às 10h32
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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No Brasil de Lula, o velho hábito de usar o bolso do contribuinte para tapar rombos voltou à cena com força total. Diante do caos das contas públicas, o presidente prefere subir impostos a enfrentar o custo político de cortar gastos ou aprovar reformas estruturais. O exemplo mais recente é a Medida Provisória 1.303, que perdeu validade no dia 9 após a Câmara retirá-la da pauta.

A MP alterava regras de tributação sobre investimentos e ativos financeiros, funcionando como compensação à tentativa frustrada de aumento do IOF em junho. Com a medida, o governo esperava arrecadar R$ 17 bilhões em 2026, essenciais para atingir a meta de superávit de R$ 34 bilhões. Sem ela, o Planalto viu desmoronar uma de suas principais fontes de caixa, e a reação foi clássica: buscar mais dinheiro, sem cortar nada.

“O cacoete desse governo é aumentar impostos”, dispara Marcus Pestana, da Instituição Fiscal Independente (IFI). Tapar buracos com o bolso do povo virou política oficial. Para mascarar o fracasso, a MP 1.303 passou a ser vendida como “justiça tributária”, enquanto na prática representava mais tributos sobre quem gera riqueza no país. Lula chegou a dizer que a rejeição da medida não foi derrota do governo, mas do povo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abandonou qualquer sinal de moderação. Antes aplaudido por empresários e economistas como defensor da responsabilidade fiscal, Haddad agora é braço executor do populismo fiscal. Em audiência no Senado, chamou a MP de “muito justa” e garantiu que o governo vai compensar a arrecadação perdida — sem, é claro, cortar gastos.

No plano B, o governo mira retomar o IOF e revisar benefícios fiscais a empresas, os chamados gastos tributários, que somam R$ 800 bilhões anuais. Mas a indústria resiste, alegando que o país já sufoca sob a maior carga tributária da história: 34,2% do PIB. Medidas de contenção de despesas, como a redução de apenas R$ 4,8 bilhões do Pé-de-Meia, são tímidas e cosméticas diante do rombo.

Enquanto isso, reformas estruturais seguem paralisadas. A reforma administrativa não avança, privatizações desapareceram do radar, e os Correios voltam a drenar bilhões dos cofres públicos, com empréstimos garantidos pelo Tesouro.

O Orçamento de 2026 é uma fantasia: o governo prevê crescimento do PIB de 2,4%, enquanto o mercado projeta 1,8%, e receitas de R$ 2,6 trilhões, ante R$ 2,5 trilhões estimados pela IFI. O déficit real pode chegar a R$ 45 bilhões, e seriam necessários cortes de quase R$ 80 bilhões para equilibrar as contas — algo que Lula ignora completamente.

O resultado é claro: o governo acaba 2025 à beira do colapso fiscal, entre discursos populistas e metas irreais. Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, alerta: “O colapso da máquina pública pode vir antes de 2027, porque faltará dinheiro para atividades básicas. O Brasil já tem um encontro marcado com uma grande crise”.

Enquanto o Populismo Fiscal 2.0 impera, o país segue sem rumo, vulnerável e à mercê da incompetência política, caminhando a passos largos para a ruína das contas públicas.

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*Com informações Veja

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