O PSDB de Mato Grosso do Sul chega ao fim do mandato de sua executiva estadual, nesta terça-feira (21), mergulhado em incertezas e disputas internas. O atual presidente do diretório provisório, Geraldo Resende, aguarda uma decisão da direção nacional do partido, que ainda não definiu quem assumirá o comando tucano no Estado.
Entre os cotados está o deputado estadual Pedro Caravina, que confirmou ter interesse em reestruturar o partido. Segundo ele, o PSDB deve permanecer com diretórios provisórios até dezembro. “Do dia 21 de outubro a 30 de novembro alguém vai ter que assumir a direção do partido aqui no Estado. Sou um dos nomes colocados e quero contribuir para reorganizar o PSDB”, afirmou.
O impasse estadual ocorre enquanto, no plano nacional, Aécio Neves (PSDB-MG) é cotado para assumir a presidência do partido em dezembro, caso Marconi Perillo deixe o cargo para disputar o governo de Goiás em 2026.
Em Mato Grosso do Sul, o clima é de tensão. Parte dos filiados pressiona pela saída de Resende e defende a liderança de Caravina. O vereador Professor Juari declarou que muitos parlamentares poderão desistir das eleições de 2026 caso o atual presidente permaneça. “Queremos o Caravina na liderança. Se continuar o Geraldo Resende, muita gente vai desistir de disputar”, afirmou.
A crise reflete também na Câmara Municipal de Campo Grande, onde o PSDB conta com cinco vereadores, e na Assembleia Legislativa (Alems), onde a legenda tem a maior bancada, com seis deputados. Nos bastidores, já se fala em uma debandada tucana a partir de março de 2026 — com a permanência apenas de Lia Nogueira e Caravina.
A saída do governador Eduardo Riedel, que deixou o PSDB e se filiou ao PP, acentuou o enfraquecimento da sigla em Mato Grosso do Sul. Sem consenso e com ameaças de desfiliação, o ninho tucano corre o risco de uma ruptura interna que pode comprometer sua força nas próximas eleições.
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*Com informações Midiamax