A senadora Tereza Cristina (PP), líder da federação UBP em Mato Grosso do Sul, fez um diagnóstico direto sobre a eleição de 2026 e os desafios da direita. Para ela, o ponto crucial é a posição do presidente Bolsonaro: “Só se ele assumir que não será candidato é que a direita terá unidade, força e clareza na escolha do nome que vai disputar a presidência”.
Tereza Cristina não esconde a preocupação com a falta de maturidade política dentro do grupo e com a necessidade de escolher alguém eleitoralmente competitivo. Apesar de nada estar definido, a senadora admite a possibilidade de integrar uma chapa como vice: “Tudo é possível”, afirmou.
Em Mato Grosso do Sul, a disputa promete ser feroz caso a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), confirme candidatura ao Senado. Tereza Cristina alerta para o risco de racha na direita, lembrando que o PT, provável aliado de Tebet, mantém cerca de 20% de intenção de voto no Estado, enquanto Lula chegou a 40% em 2022 — cenário que indica uma corrida extremamente disputada pelas duas vagas ao Senado.
A senadora também comentou sobre a complexidade de costurar coligações e equilibrar apoios entre partidos, principalmente diante do descontentamento de figuras como o ex-deputado Capitão Contar, que pode ficar sem espaço na disputa ao Senado caso o grupo não se organize.
Além de questões eleitorais, Tereza Cristina abordou temas estratégicos para o Estado e o país: as investigações da CPMI do INSS que envolvem José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula; o aumento de processos de recuperação judicial que afetam o agronegócio; a regularização de terras na faixa de fronteira; a rota bioceânica; e a retomada da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Campo Grande News