
O PSDB de Mato Grosso do Sul vive um momento de incerteza e tensão política após a saída do ex-governador Reinaldo Azambuja, agora filiado ao Partido Liberal (PL). A disputa pelo comando estadual da legenda, que deveria ter sido resolvida na semana passada, foi adiada pelo diretório nacional, mantendo o partido em compasso de espera.
No fim de semana, o diretório nacional comunicou oficialmente que o mandato de Geraldo Resende à frente do PSDB-MS foi prorrogado até 30 de novembro, adiando mais uma vez a definição sobre quem assumirá o comando definitivo. A decisão irritou parte das lideranças tucanas, que cobram uma definição imediata para iniciar a montagem das chapas de deputados estaduais e federais.
Entre os nomes cotados para assumir o partido está o do deputado estadual Pedro Caravina, que já sinalizou a possibilidade de deixar o PSDB caso o impasse não seja resolvido ainda neste mês. Caravina disputa internamente com os deputados federais Geraldo Resende e Beto Pereira, este último cogitando migrar para o Republicanos — embora só possa fazê-lo na janela partidária de 2026.
A crise se agrava com a possibilidade de novas saídas: dos seis deputados estaduais da sigla, apenas Lia Nogueira e o próprio Caravina manifestaram interesse em permanecer. Já Paulo Corrêa deve se filiar ao PP, enquanto Zé Teixeira, Mara Caseiro e Jamilson Name planejam seguir para o PL — todos à espera da abertura da janela partidária em março.
Enquanto isso, os vereadores tucanos permanecem sem alternativa, já que só poderão trocar de legenda em 2028, sem risco de perder o mandato. A indefinição prolongada reforça a sensação de que o PSDB-MS enfrenta sua maior crise interna em anos, com o futuro da legenda dependendo de um acordo que parece cada vez mais distante.
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*Com informações Investiga MS