O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à Malásia com otimismo, mas saiu do encontro com Donald Trump com pouco para comemorar. A reunião de quase uma hora, realizada neste domingo (26), não resultou em nenhum avanço concreto na tentativa de suspender o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros nem nas sanções aplicadas a ministros do STF e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Lula afirmou que entregou a Trump um documento detalhando as demandas do Brasil, e garantiu que pretende intervir pessoalmente caso a equipe brasileira não consiga avançar nas negociações. “Toda vez que tiver uma dificuldade, eu vou conversar pessoalmente com ele”, disse o presidente, reforçando a pressão sobre o governo americano.
Apesar do discurso otimista do petista, o encontro evidencia que os Estados Unidos mantêm firme a taxação e as sanções, consideradas equivocadas pelo Brasil. Trump apenas comentou que acredita ser possível chegar a “alguns acordos muito bons”, sem definir prazos ou medidas concretas.
O governo brasileiro iniciou nesta segunda-feira (27) a primeira rodada de negociações, conduzida pelo chanceler Mauro Vieira e pelo representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Reuniões adicionais estão previstas, mas setores exportadores do Brasil seguem em alerta, sem garantias de que o tarifaço será suspenso.
Enquanto isso, a população e o setor produtivo acompanham tensos a negociação, que mantém indefinida a possibilidade de aliviar o impacto econômico da medida americana, mostrando que a promessa de “bom acordo” ainda está longe de se concretizar.
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*Com informações Metrópoles
