
Entre junho e setembro, o grupo alimentação no domicílio, medido pelo IPCA, apresentou deflação, influenciado pelo recuo nos preços do atacado, boas safras agrícolas, câmbio favorável e tarifas impostas pelos Estados Unidos, que aumentaram temporariamente a oferta interna. Apesar disso, o consumidor final ainda sente os preços elevados nas prateleiras.
No acumulado dos últimos 12 meses, Campo Grande registrou alta de 6,78% no grupo alimentos e bebidas, acima da média nacional de 6,61%. Considerando apenas a alimentação em domicílio, a elevação chega a 6,54%, enquanto a média nacional é de 5,99%.
O quadro inflacionário é resultado de fatores internos e externos, como a retomada da economia após a pandemia, a demanda da agroindústria do Centro-Oeste e tarifas internacionais que influenciam a oferta de produtos. O aumento da disponibilidade interna de itens como soja, leite e carne reduziu temporariamente os preços, mas a tendência é de retorno da pressão inflacionária nos próximos meses.
Com isso, o último trimestre do ano deve registrar novas altas nos alimentos, afetando diretamente o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda.
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*Com informações Correio do Estado