Terça, 28 de Outubro de 2025

Governo Lula projeta R$ 399 bilhões acima do teto de gastos e agrava crise fiscal

Política de gastos sem controle aumenta dívida e pressiona juros, enquanto meta fiscal perde credibilidade

28/10/2025 às 11h59
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a acumular R$ 399 bilhões acima do teto de gastos entre 2023 e 2026, revelando uma gestão fiscal sem limites e cada vez mais distante do controle das contas públicas. A soma inclui despesas fora do teto de 2023, da meta do marco fiscal em 2024 e 2025, e gastos já programados para 2026.

Mesmo diante de críticas, o governo insiste em flexibilizar regras fiscais, usando manobras como a PEC fura-teto, responsável por quase 70% do gasto adicional, e desconsiderando valores que deveriam entrar na meta fiscal. Para 2026, os números incluem precatórios de R$ 57,8 bilhões, investimentos de estatais de R$ 4,2 bilhões e despesas com defesa de R$ 5 bilhões, já aprovados pelo Congresso, configurando uma verdadeira transgressão das regras orçamentárias.

O resultado é um aumento da dívida bruta, que passou de 71,7% do PIB em 2022 para 77,5% em agosto de 2025, corroendo a credibilidade do país junto aos investidores. A consequência imediata: o Banco Central precisou elevar a Selic a 15% ao ano, prejudicando consumo, investimentos e pressionando ainda mais o bolso do brasileiro.

Em comparação ao primeiro mandato de Lula (2003-2006), quando o país alcançou superávit primário crescente e grau de investimento, o atual cenário evidencia descontrole e improvisação. A justificativa de que os gastos herdados de gestões anteriores exigiriam flexibilidade não explica a criação de novas despesas fora das regras, nem a insistência em liberar recursos sem contrapartida.

Especialistas criticam a falta de compromisso do governo com a disciplina fiscal, alertando que a política de “gastar acima do limite” compromete a estabilidade econômica e coloca o país em rota de maior risco, enquanto os cidadãos pagam a conta com juros altos e inflação persistente.

O Brasil se vê novamente à mercê de uma política de gastos sem freios, em um cenário que mistura populismo e desorganização fiscal, e que ameaça minar conquistas históricas de responsabilidade econômica.

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*Com informações Poder 360

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