
O bloco liderado por Eduardo Riedel (PP) e Reinaldo Azambuja (PL) enfrenta um desafio estratégico na formação das chapas para deputados federais e estaduais em Mato Grosso do Sul. Com a eleição ao governo praticamente encaminhada, por falta de pré-candidatos competitivos, a prioridade agora é equilibrar custos, tempo de campanha e resultado eleitoral.
Atualmente, o grupo conta com seis partidos aliados com pré-candidatos, mas a estratégia é lançar candidaturas em apenas quatro deles, mesmo que a coligação tenha cinco, para otimizar recursos. O PL, de Reinaldo Azambuja, e o PP, de Riedel e Tereza Cristina, já têm vagas garantidas. Os demais partidos — MDB, Republicanos, PSDB e PSD — disputam a chance de integrar as chapas.
O PSDB, embora não conte com líderes estaduais ativos, mantém força por meio dos 256 vereadores eleitos durante a gestão de Riedel e Azambuja, que só poderão deixar o partido sem perder o mandato em 2028. Muitos desses vereadores planejam concorrer a deputados e pressionam por espaço nas chapas, enquanto os líderes nacionais do PSDB acompanham de perto os compromissos assumidos pelos governistas.
O MDB apresenta uma boa chapa para deputado estadual, mas enfrenta resistência interna devido à pré-candidatura de Simone Tebet ao Senado. Uma ala do bloco teme a proximidade da senadora com Luiz Inácio Lula da Silva. Republicanos e PSD oferecem recursos e tempo de TV, mas têm força limitada no estado.
Dentro do grupo, há quem defenda a divisão das candidaturas: lançar chapas de deputado estadual em um partido e federais em outro, aproveitando o potencial dos cinco partidos que formam a coligação. O PSD chegou a marcar reunião com Riedel, mas recuou, ciente de que a definição final só deve ocorrer no próximo ano, influenciada por decisões sobre pré-candidatos à Presidência e ao Senado.
A novela das chapas promete se estender, exigindo habilidade política e acordos estratégicos para consolidar o bloco governista em Mato Grosso do Sul nas eleições de 2026.
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*Com informações Investiga MS