
O piloto brasileiro Celso Neto concluiu sua primeira temporada no IMSA Michelin Pilot Challenge com a conquista de três pódios e a quarta colocação na classificação final do campeonato, realizado nos EUA, sendo um dos mais difíceis e competitivos do mundo. Neto competiu na classe TCR.
A competição começou no Estado da Flórida, em janeiro, no Daytona International Speedway, onde o brasileiro fez sua estreia no difícil grid na categoria TCR da IMSA, considerado um dos maiores e mais fortes da história. A competição também marcou o retorno da equipe Precision Racing LA ao torneio.
Neto dividiu o Audi RS 3 LMS #7 com o piloto norte-americano Ryan Eversley. A dupla conquistou um pódio logo na primeira corrida. "Aquele primeiro pódio em Daytona pareceu surreal", recorda o brasileiro. "Começar minha primeira corrida na IMSA e subir ao pódio com o Ryan foi o momento em que percebi que poderíamos realmente lutar entre os melhores", afirma.
O resultado colocou a Precision Racing LA em destaque pela velocidade e profissionalismo do piloto, que buscou se adaptar à pressão e à complexidade das corridas de turismo no formato de endurance com 2 ou 4 horas de competição, até então novidade para ele.
Consistência no Canadá
Na sexta etapa da temporada, o campeonato seguiu para o Canadian Tire Motorsport Park, no Canadá, onde Celso e Ryan conquistaram o segundo pódio do ano sob tráfego intenso e condições climáticas desafiadoras.
"Foi um daqueles fins de semana em que tudo se encaixou", disse Eversley. "Para um estreante, Celso pilotou como alguém com anos de experiência na IMSA", afirma. "Esse resultado consolidou sua posição entre os líderes e estabeleceu a Precision Racing LA como a equipe Audi independente mais rápida do grid", complementa.
Disputa em Indianápolis
Já na nona etapa veio o Indianapolis Motor Speedway. Enfrentando um grid repleto de equipes de fábrica da Hyundai e Honda, o Audi #7 conquistou seu terceiro pódio da temporada, terminando em segundo lugar. "Foi um fim de semana marcante, onde busquei equilibrar agressividade e controle, executando paradas precisas e mantendo a calma durante várias relargadas", reporta Neto.
O resultado colocou o jovem brasileiro e seu companheiro americano dentro do top 5 do campeonato antes da corrida final.
Desfecho em Road Atlanta
A etapa final da temporada 2025 aconteceu no Michelin Raceway Road Atlanta, onde a dupla largou em P4 após uma volta de classificação com chances reais de conquistar o pódio. "A corrida se transformou em um campo de batalha: toques, bandeiras amarelas e um carro rodado que me forçaram a desviar ainda no início do stint, perdendo tempo valioso", explica Neto.
A dupla de pilotos terminou em P10, colocação suficiente para garantir o quarto lugar geral no campeonato, à frente de diversas equipes de fábrica e nomes como Mark Wilkins, Bryson Morris e Bruno Junqueira.
"Tivemos um bom início e estávamos brigando na frente", diz Neto. "Infelizmente precisei desviar de um carro que rodou na minha frente, o que nos fez perder preciosos segundos. De toda forma, estou orgulhoso de encerrar minha primeira temporada na IMSA com essa equipe incrível e muito perto do top 3", afirma.
Eversley acrescenta: "Corrida difícil, mas saímos orgulhosos, fomos o Audi mais rápido do ano, melhor equipe independente e conquistamos três pódios em dez corridas. Todos aqui devem erguer a cabeça", afirma o americano.
Brasileiro no cenário internacional
Com a primeira temporada completa, Neto atuou como um dos jovens pilotos brasileiros mais promissores no exterior. O piloto competiu na categoria TCR mais disputada da América do Norte, onde obteve resultados que muitos veteranos perseguem por anos, classificando-se entre os cinco primeiros em nove das dez corridas.
Neto contou com o apoio da AMED S/A, Dipromed, LS Interbank, Fibra Construtora e SODI USA by Velocity Racing. "Correr aqui, neste ambiente, representando o Brasil e terminar em P4 geral na minha primeira temporada é algo que jamais vou esquecer. Isso é apenas o começo", afirma.
Piloto avalia resultados da competição
"Um fato que vale destacar é que não tivemos nenhum DNF, ou seja, completamos todas as provas, sem nenhum erro grave, isso é muito importante", destaca Neto.
Para o piloto, a velocidade também foi um ponto forte da equipe: "Classificamos 9 das 10 provas no top 5, com uma média boa de classificação".
A equipe também se destacou na questão de melhor volta de consistência, sempre estando entre os 5 primeiros. "Fizemos 3 pódios no ano, poderia ter sido uns 6 pelos resultados, perdemos pódios por causa de erro nas paradas de boxe e tudo mais, coisa da equipe que voltou às pistas esse ano, ainda reaprendendo", explica.
Neto destaca a consistência no geral do campeonato até mesmo em pistas novas: "Em Laguna Seca, pista nova para mim, classificamos em segundo, meio décimo do primeiro. No Canadá, outra pista nova para mim, ficamos em terceiro na corrida. E, também, por último agora o Road Atlanta, que também foi uma pista nova para mim. Ficamos em quarto [lugar] até na hora que um carro rodou na minha frente", cita.
Perspectivas para o futuro
Celso Neto já mira uma temporada 2026 mais forte, com a promessa de ver bandeiras brasileiras voando cada vez mais alto e rápido no paddock da TCR. Ele irá anunciar em breve qual escuderia irá defender no ano que vem.
"Eu acho que em 2026 é realmente concretizar tudo o que a gente aprendeu em 2025. Nas paradas de boxe a gente evoluiu muito, na estratégia, gerenciamento de pneus e podemos brigar pelo campeonato. Eu acho que esse é o maior objetivo, daremos o nosso melhor sempre, com certeza", conclui.
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