
O MDB em Mato Grosso do Sul atravessa um momento de instabilidade política, marcado por disputas internas e incertezas sobre a eleição do próximo ano. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, que insiste em concorrer ao Senado, é a principal responsável pelas tensões, por sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contrariando parte da cúpula histórica do partido que prefere se manter alinhada à direita.
O partido é presidido por Waldemir Moka, mas a articulação política ainda é liderada pelo ex-governador André Puccinelli, que busca recuperar a influência do MDB, que já foi o maior partido do Estado. Em 2022, Puccinelli perdeu força após ser superado por Capitão Contar (PRTB), caindo para o terceiro lugar na disputa pelo governo e enfraquecendo sua liderança.
As tensões se agravaram quando o grupo próximo a Simone ameaçou lançar um candidato à presidência do MDB. Para evitar a divisão, Puccinelli precisou negociar em Brasília, o que custou caro ao partido. Sem chances de disputar uma majoritária, ele concentra esforços na formação da chapa de deputados estaduais, tentando manter ao menos quatro parlamentares eleitos.
O futuro do MDB também depende de aliados como Márcio Fernandes, Junior Mochi e Renato Câmara, que já sinalizaram possível saída caso Simone forme dobradinha com Lula. Além disso, a continuidade do ex-deputado Eduardo Rocha, marido de Simone, pode ser decisiva, já que sua proximidade com adversários como Eduardo Riedel adiciona mais complexidade à disputa.
Com essas movimentações, o MDB enfrenta risco de fragmentação, podendo perder força histórica no Estado, enquanto tenta equilibrar a candidatura de Simone e a manutenção de seus principais aliados para as eleições de 2026.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Investiga MS
 
  
  
 