
A federação entre PP e União Brasil, firmada em agosto, enfrenta resistência de filiados e divergências políticas, o que pode gerar complicações para a aliança estadual em Mato Grosso do Sul, especialmente com a aproximação das eleições de 2026.
O principal conflito ocorre em nível nacional, envolvendo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que mantém intenção de candidatura à presidência, e o presidente do PP, Ciro Nogueira, que defende Tarcísio de Freitas (PP) como representante da direita. A tensão veio à tona quando Ciro não incluiu Caiado entre os pré-candidatos, levando o governador goiano a criticar a postura de centralização e questionar a condução da federação pelo dirigente do PP.
Em Mato Grosso do Sul, lideranças dos dois partidos acreditam que a confusão nacional não afetará a oficialização da federação. Uma fonte próxima à articulação afirmou que a relação entre Eduardo Riedel (PP) e Ciro Nogueira é próxima e estável, garantindo segurança de que a aliança estadual está “99% consolidada”.
Mesmo assim, caso os impasses nacionais repercutam localmente, a chapa majoritária formada por Riedel, Reinaldo Azambuja (PL) e Tereza Cristina (PP) poderá enfrentar dificuldades. A formação da coligação proporcional, planejada para três partidos, ainda é disputada por MDB, PSD, Republicanos e PSDB, que tentam assegurar espaço na aliança ao lado de PP e PL.
A eventual não oficialização da federação exigiria mudanças nas chapas de deputado estadual e federal, prejudicando principalmente Rose Modesto (União Brasil). Atualmente, ela ocupa posição de destaque na chapa estadual, mas sem a federação precisará disputar com outros oito pré-candidatos do próprio União Brasil, tornando a eleição mais disputada.
Além disso, o partido corre o risco de perder espaço na disputa proporcional, caso outros quatro partidos se juntem ao grupo governista sem a federação, o que pode comprometer a estratégia eleitoral de Rose e a presença do União Brasil nas eleições de 2026 em MS.
O cenário evidencia que, embora a federação estadual esteja praticamente segura, as disputas nacionais e a resistência interna podem impactar diretamente a montagem das alianças e o desempenho eleitoral dos candidatos locais.
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*Com informações Investiga MS