Quinta, 13 de Novembro de 2025
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Contar filia-se ao PL e fortalece projeto de poder de Reinaldo e Riedel para 2026

A filiação do Capitão Contar ao Partido Liberal (PL) nesta semana movimentou intensamente o cenário político sul-matogrossense

12/11/2025 às 23h14 Atualizada em 12/11/2025 às 23h19
Por: WK Notícias
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Foto: Reprodução
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Campo Grande (MS) — A filiação do Capitão Contar ao Partido Liberal (PL) nesta semana movimentou intensamente o cenário político sul-mato-grossense e consolidou uma das articulações mais habilidosas do ex-governador Reinaldo Azambuja — que será um dos candidatos ao Senado pelo partido — e do atual governador Eduardo Riedel.

O movimento reforça o projeto de poder do grupo e fecha as brechas para uma possível fragmentação da direita em Mato Grosso do Sul nas eleições de 2026. Reinaldo, experiente articulador político, demonstra novamente sua capacidade de unir forças divergentes em torno de um mesmo propósito. Ao alinhar nomes de peso como contar e ele próprio sob a mesma legenda, neutraliza focos de rebeldia e antecipa divisões que, em pleitos anteriores, custaram caro à direita local.

Reinaldo e Riedel: o jogo da unidade

Tanto Reinaldo quanto Riedel já experimentaram o desgaste de uma direita fragmentada e parecem determinados a não repetir o cenário. Nos bastidores, a filiação de Contar é vista como uma jogada de mestre — estratégica e cirúrgica. O PL, que busca consolidar-se como principal legenda do campo conservador no Estado, ganha musculatura política e eleitoral.

Com Azambuja como pré-candidato ao Senado e Contar reforçando a base do partido, a sigla forma uma frente sólida, capaz de enfrentar a esquerda e eventuais dissidências internas. Essa reconfiguração fortalece o projeto de continuidade iniciado por Reinaldo e sustentado por Riedel, unindo técnica, articulação e poder político sob um mesmo guarda-chuva.

A diretriz nacional e o alinhamento com Bolsonaro

A filiação também reflete a estratégia nacional do PL, comandado por Valdemar Costa Neto e orientado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem insistido na necessidade de unidade e disciplina entre seus aliados. O momento é de alinhamento, não de dispersão.

Bolsonaro tem reforçado que quer “aliados que somem, não aventureiros que dividam”. Essa diretriz ecoa com força no Mato Grosso do Sul, onde o grupo de Reinaldo e Riedel vem demonstrando fidelidade ao projeto conservador e habilidade em transformar divergências em convergências.

Gianni Nogueira em situação delicada

Por outro lado, o novo desenho político complica a situação da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, que vinha se colocando como uma das postulantes ao Senado. Com o PL consolidando duas grandes lideranças no cenário estadual — Azambuja e Contar —, o espaço interno para novas candidaturas se estreita.

 

Gianni Nogueira passa a ter duas opções: permanecer na legenda sob as novas diretrizes, adaptando seu discurso e alinhando-se às decisões partidárias, ou buscar uma candidatura avulsa em outra sigla — o que soaria como um gesto de rebeldia frente às orientações nacionais.

Mas o custo político de uma ruptura é alto. Em tempos de consolidação partidária, quem se distancia das decisões estratégicas do PL tende a perder visibilidade e apoio.

O PL no centro do tabuleiro

Ao que tudo indica, o projeto de poder costurado por Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel não apenas se mantém, como se expande com robustez e coesão. Reinaldo reafirma seu papel como um dos mais habilidosos articuladores do Estado, e Riedel, com seu estilo técnico e conciliador, garante continuidade e estabilidade política.

 

Se o objetivo era construir a aliança mais forte da direita sul-mato-grossense para 2026, o movimento atingiu seu propósito. O PL assume, a partir de agora, o epicentro das decisões políticas no Estado — e quem ficar fora dessa engrenagem corre o risco de assistir de longe ao jogo do poder que já começou.

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