
O boletim divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira revelou que o crescimento econômico do Brasil será menor do que se estimava: a projeção de expansão para 2025 caiu de 2,3 % para 2,2 %.
Simultaneamente, a previsão de inflação — para o índice IPCA — foi ajustada de 4,8 % para 4,6 %.
Com os juros básicos (taxa Selic) batendo patamares elevados — aproximadamente 15 % — desde setembro de 2024, o efeito da política monetária restritiva passa a pesar sobre consumo, investimento e produção industrial.
Dados recentes mostram que o setor manufatureiro sente o esfriamento da demanda e que o índice de inflação de outubro registrou um dos menores valores dos últimos 27 anos.
Crédito mais caro: Com juros elevados, empréstimos e financiamentos ficam mais difíceis para famílias e empresas.
Emprego em alerta: Embora o mercado de trabalho ainda apresente sinais de solidez, o menor ritmo de crescimento pode frear novas contratações.
Cautela nos gastos: A combinação de menor crescimento + inflação persistente cria um cenário em que o poder de compra fica pressionado.
Expectativa para 2026: O governo manteve a estimativa de crescimento para 2026 em 2,4 %.
“Estamos encerrando 2025 com resultados muito próximos aos que esperávamos no início do ano.” — Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica.
O alerta está lançado: embora a desaceleração não seja abrupta, a tendência de esfriamento já é clara — e o desafio hoje é evitar que ela se transforme em estagnação.