Nesta quinta-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou à Polícia Federal um pedido que se manifeste sobre os bens eletrônicos do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, apreendidos no dia 10 de janeiro, após os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Foram recolhidos pela PF um celular, um notebook e dois HDs de Vieira, além da extração de dados de conteúdos dos eletrônicos. O objetivo era apurar se houve envolvimento do Coronel nos atos do dia 8 de janeiro.
A defesa do coronel pediu ao STF em 13 de fevereiro a devolução dos eletrônicos do coronel. Segundo os advogados, os aparelhos ficaram em posse da Polícia Federal por mais de um mês e não interessavam mais ao processo, pois “teria transcorrido tempo suficiente para que a autoridade policial procedesse à realização de perícia”.
Prisão e soltura
O ex-comandante-geral da PMDF chegou a ser preso de forma preventiva por suspeita de omissão na condução da Polícia Militar. No momento, ele está em liberdade condicional, após conseguir alvará de soltura.
Segundo o relatório sobre o 8 de janeiro elaborado pelo interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli, Vieira participou ativamente das tentativas de conter os manifestantes extremistas e não teve as ordens de reforços de militares atendidas.
A PF não tem prazo para se manifestar sobre o pedido do ministro Alexandre de Moraes.