A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela manutenção da prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão de Torres após os atos de 8 de janeiro.
A defesa de Torres pediu a revogação da prisão preventiva e Moraes determinou que a PGR se manifestasse antes dele fazer um parecer final.
Em sua manifestação, o subprocurador-geral da República citou a minuta do golpe apreendida na casa de Torres, que estava em uma pasta do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O documento previa a decretação de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral para “corrigir” o processo eleitoral de 2022.
O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico, apontou também indícios de omissão de Torres diante do avanço dos manifestantes em Brasília.
Ele destacou uma troca de mensagem entre Torres e o interino dele na Secretaria de Segurança Pública, na qual Torres orientou a não deixar os patrioatas chegarem ao STF.
Segundo Carlos Frederico, não há nenhuma modificação da situação desde a decisão de prisão do ex-secretário, “a não ser pela agravação do quadro probatório”.
A manifestação da PGR é vista como um reforço para a manutenção da prisão preventiva de Torres.