Sábado, 13 de Setembro de 2025

Comandante do Exército chama vitória de Lula de “indesejada” pelos militares

"o processo [eleitoral] possivelmente pode ter falhas que têm de ser apuradas" - Tomás Paiva

01/03/2023 às 07h59 Atualizada em 02/03/2023 às 07h40
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"foi indesejado, mas aconteceu”, disse Paiva

Em discurso durante uma cerimônia em homenagem aos militares mortos no terremoto de 2010 no Haiti, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro foi “indesejada” pela maioria dos militares, mas que “infelizmente” ocorreu.

Ele ainda destacou que não houve identificação de fraudes no processo eleitoral e que a participação das Forças Armadas na comissão de fiscalização das eleições não encontrou nada. No entanto, Paiva ponderou que a eleição foi apertada, o que gerou uma sensação de irregularidade.

“A gente [Forças Armadas] participou da comissão de fiscalização [das eleições]. Não aconteceu nada, não teve nada. Tanto que teve um relatório do Ministério da Defesa que foi emitido e que fala que não foi encontrado nada naquilo que foi visto. Agora, o processo possivelmente pode ter falhas que têm de ser apuradas, falhas graves, mas não dá para falar com certeza que houve irregularidades. Infelizmente foi o resultado que a maioria de nós, para a maioria de nós foi indesejado, mas aconteceu”, disse Paiva.

As declarações foram divulgadas pelo podcast Roteirices e ocorreram antes de Paiva assumir a chefia do Exército no lugar do general Júlio César de Arruda, demitido diante da crise entre o Planalto e a caserna envolvendo a invasão às sedes dos três Poderes.

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