Sábado, 13 de Setembro de 2025

União Brasil trai Lula com 28 assinaturas no requerimento da CPMI

O petista não quer que investigue a invasão nos Três Poderes

03/03/2023 às 14h58
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União Brasil é a terceira maior sigla da Câmara e controla três ministérios
União Brasil é a terceira maior sigla da Câmara e controla três ministérios

Quase a metade dos 59 deputados do União Brasil assinou um requerimento que pede a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os ataques de 8 de janeiro.

O União Brasil é a terceira maior sigla da Câmara e controla três ministérios, mas, mesmo assim, diz ter posição de “independência” em relação ao governo.

Além da bancada do União Brasil, outros parlamentares de partidos que integram a base de sustentação do governo Lula também se posicionaram a favor da abertura de uma CPMI mista, formada por deputados e senadores. Na lista estão o MDB e o PSD, com três ministérios cada.

O pedido de abertura da CPMI foi protocolado pelo deputado André Fernandes (PL-CE), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. Fernandes conseguiu reunir 189 assinaturas na Câmara e 33 no Senado, número que ultrapassa o mínimo exigido de 171 deputados e 27 senadores.

A CPMI terá controle da oposição e representará uma derrota para o Planalto. A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abra inquérito para apurar a participação do próprio Fernandes na incitação dos atos de 8 de janeiro.

União Brasil

O posicionamento do União Brasil foi exposto em reunião na Câmara, na tarde de terça-feira, 28, e provocou divergências.

Uma ala observou que a CPMI não passa de “diversionismo” para ofuscar a discussão de temas prioritários, como a reforma tributária. Outro grupo, porém, disse ser preciso apurar a possível responsabilidade do governo durante a invasão do Planalto, do Congresso e do STF.

O pedido para a abertura da CPMI conta com a assinatura de 28 deputados do União Brasil, 12 do MDB e 8 do PSD, que permitem que cada parlamentar expresse suas posições com “independência”.

A iniciativa pode representar uma dificuldade para o Palácio do Planalto, que terá que negociar a cada votação no Congresso para manter o apoio de legendas de centro.”

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