O cantor e compositor Erasmo Carlos, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro.
Ele estava internado no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Deixa a esposa e três filhos.
No último dia 2, o artista comemorou a alta após duas semanas de internação para tratar uma síndrome edemigênica, mas voltou a ser hospitalizado e intubado na última segunda-feira (21).
"Você é lar, você acolhe, você enxerga, você crê. Perdi a capacidade de me lembrar de como era a vida sem você, talvez ela nem tenha existido... e talvez tenha sido tão simples esquecer porque a gente se acostuma facilmente com a paz. Não foi de primeira, você brigou muito para mostrar, mas por fim encontrei a paz em você", postou a mulher de Erasmo, Fernanda Passos.
600 músicas
Símbolo da Jovem Guarda “OTremendão” como era chamado, nasceu na Tijuca, em 5 de junho de 1941. Autor de mais de 600 músicas e de clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu” e “É proibido fumar”, o artista deixa uma legião de fãs e amigos que fez pela estrada.
Roberto e Erasmo
Erasmo garantiu a contratação do conjunto por uma gravadora e fez sucesso em uma faixa ao lado de Roberto Carlos, marcando o início da parceria entre os dois. Erasmo compôs mais de 500 canções com o amigo.
Poucos anos depois, ainda nos anos 60, a dupla Roberto e Erasmo já se destacava como uns dos principais compositores da Jovem Guarda, sob influência do pop britânico dos Beatles.
Síndrome Edemigênica
A doença ocorre quando há um desequilíbrio das forças bioquímicas que mantêm os líquidos dentro dos vasos sanguíneos e geralmente é causada por patologia cardíacas, renais e dos próprios vasos.