Sábado, 13 de Setembro de 2025

Comissão de Anistia tenta reverter decisões de Damares

Vai analisar 11 mil processos da ex-ministra

08/03/2023 às 09h58 Atualizada em 08/03/2023 às 12h12
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Comissão tenta pagar indenização à Dilma e anular anistia política de 300 cabos da FAB
Comissão tenta pagar indenização à Dilma e anular anistia política de 300 cabos da FAB

O Governo Lula está mais preocupado em reverter todo o trabalho feito pela equipe de Bolsonaro a apreentar novas propostas de trabalho em benefício da população brasileira.

Pensando desta forma é que a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) gastar tempo analisando 11 mil processos que aguardam julgamento, e que foram concedidos ou negados pela equipe da ex-ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

A primeira sessão de julgamento foi planejada para 30 de março, para apreciar apenas quatro casos que sejam representativos da reinstalação da Comissão de Anistia.

Embora o total de casos ainda não seja público, a estimativa é que gire em torno de 20 mil.

Entre os processos a serem revistos, estão casos como a anulação de anistia política a 300 cabos da Força Aérea Brasileira (FAB) e um pedido de indenização da ex-presidente Dilma Rousseff, indeferido em 2022.

De acordo com a nova presidente da Comissão, a advogada Eneá de Stutz, há quase 4 mil processos aguardando julgamento e outros 2 mil de demanda reprimida.

A Comissão de Anistia está avaliando os mecanismos legais para rever todas as decisões que estejam em desconformidade com a Lei 10.559/2002.

A Defensoria Pública da União recomendou ao ministério a anulação das decisões sobre os cabos da FAB e a revisão de todo o trabalho realizado pela comissão desde março de 2019.

Em resposta ao jornal Gazeta do Povo, a ex-ministra Damares Alves lembrou que os cabos foram dispensados durante a ditadura militar, por questões administrativas, e que o caso acabou recebendo o enquadramento de perseguição política, indevidamente, em 2002.

Com base nessa decisão de 2002, acabaram sendo concedidos 2,5 mil benefícios a ex-militares, que custam à Aeronáutica R$ 31,5 milhões mensais. Na mesma determinação, outras 500 pessoas que entraram para a FAB depois da publicação da portaria também foram beneficiadas.

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