Sob pressão do governo Lula para retirada de assinaturas antes que seja instalada, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro ganhou uma adesão e teve mais uma baixa nesta quinta-feira, 9.
O deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF) assinou a lista. Já o goiano José Nelto (PP) retirou a sua assinatura, segundo o deputado André Fernandes (PL-CE), autor do pedido da CPMI.
André Fernandes também atualizou o número de assinaturas de 191 — 20 a mais do que o mínimo necessário. No Senado, 35 assinaram — oito a mais do que o mínimo.
Havia uma confusão em relação ao número de assinaturas pois a planilha ficou retida em sigilo no gabinete do autor. O parlamentar temia a retaliação por parte do governo Lula, que tenta minar a CPMI — por exemplo, represando a liberação de emendas parlamentares.
O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos.
Em 28 de fevereiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que, se a CPMI tivesse as assinaturas necessárias, plano de trabalho e verba definida, seria instaurada.
Para ler o requerimento da comissão, Pacheco precisa convocar uma sessão do Congresso Nacional. De acordo com Fernandes, a CPMI será lida na primeira sessão conjunta, ainda sem data definida.
Veja quem são os quatro parlamentares que retiraram suas assinaturas:
Os 35 senadores que aderiram a CPMI: