Sábado, 13 de Setembro de 2025

170 integrantes do MST invadem mais uma fazenda na Bahia

Moradores da região estão se organizando para expulsar os invasores

13/03/2023 às 11h35 Atualizada em 13/03/2023 às 12h43
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A fazenda Recreio pertence a herdeiros, que está em processo de divisão
A fazenda Recreio pertence a herdeiros, que está em processo de divisão

As invasões de propriedades agrícolas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam acontecendo na Bahia. Na madrugada de domingo (12), um grupo de aproximadamente 170 famílias invadiu a fazenda Recreio no município de Macajuba, próximo a BA-130 sentido a Baixa Grande, na região da Chapada Diamantina.

A informação sobre a mais nova invasão de terra foi divulgada pelo próprio movimento, via redes sociais. A fazenda em questão tem 1.400 hectares e, de acordo com o grupo, estaria abandonada há décadas.

Segundo informações da imprensa local, a propriedade em questão pertence a herdeiros. O terro invadido estaria, dessa forma, em processo de divisão.

Moradores da região estão se organizando para expulsar os invasores - “Ou combatermos isto agora, ou pagaremos caro no futuro”.

MST ameaça mais invasões

O invasores do MST ameaçam invadir outras propriedades na mesma região no decorrer deste mês.

Dirigente do MST na Chapada Diamantina, Simone Souza afirma que esses atos farão parte do que o grupo está chamando de “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”. Além disso, sem apresentar dado algum, ela teceu ofensas ao agronegócio brasileiro.

Essa não é a primeira invasão de terra liderada recentemente pelo MST na Bahia.

No início de março, integrantes do movimento invadiram quatro fazendas pertencentes à empresa Suzano Papel e Celulose.

Os terrenos foram desocupados após o governo, por meio do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), anunciar a criação de “mesa de negociação”.

Enquanto Teixeira negociou com invasores de terra, outro membro do primeiro escalão do governo federal repudiou a onda de invasões de terra que se iniciou em fevereiro.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou que não irá concordar com esse tipo de ação “em hipótese alguma”.

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