Sábado, 13 de Setembro de 2025

Deputados focam em único pedido de CPI para investigar MST

Três parlamentares apresentaram pedido para abertura de comissão de inquérito

15/03/2023 às 09h01 Atualizada em 15/03/2023 às 09h09
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Tenente coronel Zucco (Republicanos-RS) já colheu 150 assinaturas para a CPMI
Tenente coronel Zucco (Republicanos-RS) já colheu 150 assinaturas para a CPMI

Para obterem mais força no pleito, deputados federais decidiram focar em um único requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sejam investigadas.

Três deputados apresentaram pedidos de CPI do MST: Ricardo Salles (PL-SP), Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e tenente coronel Zucco (Republicanos-RS). Mas, a avaliação é que as assinaturas estavam sendo divididas entre os requerimentos. Por isso, decidiram se focar em apenas um texto, e o escolhido foi de Zucco.

Segundo Zucco, seu pedido conta hoje com 150 assinaturas em apoio – o mínimo necessário são 171, sendo assim, faltam apenas 21 assinaturas, mas perspectiva é atingir um número confortável, com boa margem além do mínimo, ainda essa semana.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), anunciou que ajudará na coleta de assinaturas. A FPA agrega pelo menos 302 deputados desta legislatura, afirmou.

Em sua avaliação, as invasões do MST são uma questão política, e não agrária.

Deputado Pedro Lupion (PP-PR)

Ex-ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro (PL) e um dos principais nomes da agropecuária no Congresso, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) deixou bem claro que os parlamentares que aderiram a CPMI não são contra a reforma agrária, mas a invasão de terra.

“ninguém aqui é contra reforma agrária, nós somos contra invasão de terra”.

Senadora, Tereza Cristina (PP-MS)

A intenção dos parlamentares é que se investigue o que motivou ações recentes do MST, eventuais financiadores e o destino de objetos roubados.

O ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles, disse ser preciso averiguar o “modus operandi” de invasões de terras, porque há “extorsão de proprietários, ameaça, utilização de arma ilegal e uma série de outros crimes que permeiam essas atividades, que tentam se revestir de movimento social”.

Deputado federal, Ricardo Salles (PL-SP)

Ele também citou a investigação de suposta “omissão de autoridades”.

Deputados disseram que, além da invasão de áreas privadas produtivas, em ações do MST há ainda “destruição de material genético, saque de tratores e máquinas, de gado, de óleo diesel”, conforme fora divulgado as extorsões praticadas pelo líder do MST, José Rainha, nos últimos dias.

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