Sábado, 13 de Setembro de 2025

Senadores lançam Frente evangélica e prometem ser "plural" e "propositiva"

Serão "oposição" em pautas polêmicas para o meio evangélico

16/03/2023 às 11h01 Atualizada em 16/03/2023 às 14h05
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Carlos Viana (Podemos-MG) será o presidente e a vice-presidente, Damares Alves (Republicanos-DF), da Frente Evangélica
Carlos Viana (Podemos-MG) será o presidente e a vice-presidente, Damares Alves (Republicanos-DF), da Frente Evangélica

Um grupo de senadores lançou na quarta-feira (15) a Frente Parlamentar Evangélica no Senado e afirmou que não fará uma oposição cega ao governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em discursos, os senadores afirmaram que pretendem ser uma frente “propositiva”.

O presidente da Frente é o senador, Carlos Viana (Podemos-MG), e a vice-presidente, Damares Alves (Republicanos-DF), que inclusive, disse que a frente “vai orar” pela atual gestão petista à frente do Executivo federal.

“Essa aqui não vai ser uma frente de oposição ao governo Lula, vamos deixar isso muito claro. Vai ser uma frente que vai orar pelo governo Lula. A oposição política nós vamos fazer no foro certo, no lugar certo, mesmo porque nós temos senadores evangélicos na base do governo”, declarou Damares, ex-ministra dos Direitos Humanos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A bancada religiosa é formada, neste início, por 16 senadores tanto da base do governo quanto da oposição. O presidente da frente, senador Carlos Viana, afirmou que o grupo foi criado para os senadores se organizarem melhor na defesa dos interesses dos evangélicos também no Senado, já que só havia a frente na Câmara.

“Queremos uma frente plural, propositiva, em que a gente possa discutir sugestões e nos colocarmos em defesa dos assuntos para tornar o Brasil melhor.”

“As eleições já passaram e há um novo governo, que tomou posse e agora vai governar o Brasil. A Bíblia não diz que nós devamos orar apenas por uma ou outra autoridade. A Bíblia diz que a gente tem que orar por todos. Não queremos fazer uma frente partidária. As discussões de um Brasil laico, da Constituição, serão todas tratadas no âmbito dos partidos. Agora, nos princípios cristãos, queremos propor um Brasil com mais liberdade, em que se respeitem as religiões. Mas nós também seremos uma voz firme e de oposição se o governo insistir em pautas que entendermos que não fazem bem ao país.”

Os membros da frente vão se opor a qualquer tentativa de legalização de cassinos, jogos de azar e drogas, por exemplo. No entanto, esses são temas que também não devem ser tocados pelo governo Lula, ao menos no momento.

A frente não deve trabalhar para alterar a legislação sobre aborto. Na avaliação de senadores ouvidos pelo grupo, as atuais situações permitidas para o aborto vão de acordo com o que acreditam ser correto e devem ser mantidas.

Aliada a Lula, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), integrante da frente, argumentou que as prioridades do grupo devem ser medidas de cunho social. “O evangelho de Cristo vem com igualdade social de forma plena na sociedade, com amor e trabalho voltado à essência da pessoa humana.”

“Jesus esteve ao lado das minorias da sociedade. A bancada evangélica também tem que ser centrada nas minorias brasileiras. Acho que essa é a premissa pela qual temos que trabalhar.”

 
 
 
 
 
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