Sábado, 13 de Setembro de 2025

Comissão poderá ouvir ex-diretor da Abin sobre equipamento de inteligência

Comissão de Segurança Pública analisa requerimento na terça-feira (21)

17/03/2023 às 10h31
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Ex-diretor da Abin, deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ)
Ex-diretor da Abin, deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ)

A Comissão de Segurança Pública analisa na terça-feira (21), às 11h de Brasília, requerimento para que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ) prestem esclarecimentos sobre o uso de um sistema de inteligência de monitoramento, utilizado pelo órgão de inteligência.

Segundo o autor do requerimento, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), conforme recentemente noticiado pela imprensa, a ferramenta FirstMile, desenvolvida pela empresa israelense Cognyte, foi usada pela Abin entre 2019 e 2021.

Alexandre Ramagem Rodrigues, eleito deputado federal pelo PL no ano passado, esteve à frente da Abin.

“O software foi adquirido no final de 2018, por R$ 5,7 milhões, ainda na gestão de Michel Temer, e teria sido usado para monitorar diversas pessoas ao longo da gestão de Jair Messias Bolsonaro até meados de 2021”, explica Kajuru.

Talvez, Cajuru não saiba que a Abin é um órgão de inteligência e possui equipamentos para tais serviços, já que investiga o narcotráfico, tráfico humano e combate a corrupção no país, inclusive no meio político.

Esse tipo de equipamento existe há anos, inclusive em outros países, e até mesmo, em departamentos de policiais como método de investigação.

Quanto a este sistema, poderia ter sido muito útil na Operação Lava Jato.

Localizador de Celulares

O FirtsMile é capaz de identificar a localização de aparelhos celulares em qualquer lugar do Brasil e capturar o histórico de deslocamento, a partir de dados de comunicação trocados entre os aparelhos e torres das operadoras de telefonia móvel (2G, 3G e 4G).

Os senadores da CSP voltarão a analisar projeto de lei que dá prioridade, em todas as instâncias do Judiciário, para as ações cíveis de improbidade administrativa e as ações penais que apurem crimes contra a administração pública. 

Na reunião do dia 14 de março, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) solicitou vista regimental para o PL 1.431/2021. Relator da matéria, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) é favorável ao projeto, mas apresentou quatro emendas.

O projeto, também de autoria do senador Kajuru, altera o Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3.689, de 1941) para determinar prioridade na tramitação de processos por:

  • peculato (desvio de bens);
  • inserção de dados falsos em sistema de informações;
  • concussão (exigir vantagem indevida); 
  • excesso de exação (cobrança de imposto indevido);
  • corrupção passiva e ativa (pedir ou receber vantagem indevida ou promessa dessa vantagem); 
  • e tráfico de influência (pedir ou exigir vantagem para influenciar a decisão de um funcionário público). 

O texto também modifica a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429, de 1992) para priorizar a tramitação dos processos cíveis de improbidade administrativa.

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