O Governo Federal assinou no último dia 24 um acordo que prevê a concessão de reajuste linear de 9% aos funcionários públicos federais e de 43,6% no auxílio-alimentação, que passa de R$ 458 para R$ 658.
Negociado com entidades representativas dos servidores, os novos valores representarão investimento de R$ 11,2 bilhões.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, Esther Dweck, celebrou o fato de o acordo ter sido um dos mais céleres da história do funcionalismo público e reconheceu a urgência dele.
Ela explicou a necessidade de aprovação de um projeto de Lei para oficializar os 9%, porque haverá necessidade de uma mudança de rubrica na Lei Orçamentária e assinou a portaria que concede aumento no auxílio alimentação.
Ela afirmou que já há negociação em curso para que a lei seja aprovada no Congresso Nacional e a ideia é que o novo valor seja pago a partir de maio.
“No caso do auxílio-alimentação, existe uma trava. A Lei de Diretrizes Orçamentárias indica que só é possível o reajuste com o valor da inflação acumulada desde o último aumento, por isso esses R$ 200 a mais. A gente sabe que ainda existe defasagem em relação aos demais poderes, mas é um aumento significativo para quem está há muito tempo sem reajuste. Para quem ganha menos, é um dinheiro que faz diferença”, afirmou a ministra.
Militares
Apesar de a grande mídia replicar que os militares tiveram reajuste em 2020 devido à reestruturação da carreira, não é verdade.
Os militares de baixa patente, ao contrário dos oficiais generais, não receberam reajuste salarial. Apenas o topo da hierarquia foi beneficiado financeiramente pela reforma previdenciária militar.
A esmagadora maioria dos militares, subtententes, sargentos e cabos permanece sem reajuste salarial, no final da fila do funcionalismo.