Em reunião fechada, formato híbrido por videoconferência, Luiz Inácio Lula da Silva do PT, com a equipe da saúde de transição do governo, afirmou que vai exigir das lideranças evangélicas o apoio às campanhas de vacinação e que pode responsabilizar as igrejas por mortes.
Disse que pretende procurar os líderes de igrejas para impor a vacinação: “Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas”, disse Lula.
Na mesma reunião, o petista disse o seu governo terá como foco, nos primeiros 100 dias, a recuperação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) com o aumento da cobertura vacinal e que precisa convencer a população sobre a vacina - “Vamos ter de agora pegar muita gente que combateu a vacina que vai ter de pedir desculpas”.
“O governo federal não pode somente reclamar da falta de recursos para a saúde, nosso trabalho será encontrar esses recursos e investir no SUS, em especial no resgate do Programa Nacional de Imunização para retomar a confiança da população nas vacinas”, e pediu aos representantes para apresentar as melhores propostas, prometendo que não faltará recurso para o setor.
Participaram da reunião, nesta quinta-feira (25), cinco ex-ministros da Saúde: Humberto Costa (PT), Arthur Chioro, Alexandre Padilha (PT), José Gomes Temporão e José Agenor, além de representantes do Instituto Butantan, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Fiocruz, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems) e ex-chefes de PNI, entre outros órgãos.
“Durante a pandemia quiseram ajoelhar a ciência e as vacinas. Ele não pediu, ele encomendou as melhores propostas para melhorar o acesso aos serviços assistenciais do SUS e para recuperar rapidamente as coberturas vacinais. Nós topamos o desafio”, disse o secretário de Saúde do Espírito Santo, e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes.
Lula, finalizou dizendo que deve começar a escolher “nos próximos dias” os ministros do futuro governo.