Um culto, com transmissão ao vivo para todo o mundo, e um momento da fé cristã reforçar seus ideais, baseado essencialmente no diz a bíblia e suas interpretações. Algo que não parece a cena de um crime, mas que no Brasil pode, mesmo em dias posteriores ao evento, ocasionar uma chuva de denúncias no “Disque 100”. Avalanche contra o pastor André Valadão que já sofreu em 48 horas, um julgamento prévio da grande mídia e até a abertura de uma investigação pelo Ministério Público Federal.
Aclamado como um dos maiores ícones do universo gospel, o líder religioso da Igreja Lagoinha, por fazer referência ao livro de Gênesis, e ser interpretado como um “mandante de assassinatos”, está na mira de dois eixos da lei brasileira. Um deles é o Artigo 286 do Código Penal brasileiro, que trata de “incitação ao crime”, chegando à pena de até três anos de reclusão, enquanto o outro seria a própria Lei do Racismo (7716/89), capaz de tirar a liberdade de Valadão por dois a cinco anos, além de multa.
Em jogo, fica o precedente jurídico sobre os rumos que a liberdade religiosa tomaria no Brasil, a partir de um postura radical da Justiça frente a questão.
“Essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal aquilo que a bíblia já condena. Então, agora é hora de tomar as cordas de volta, dizendo não, não, não. Pode parar, reseta. E Deus fala: Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava todo mundo a começava tudo de novo. Mas, prometi para mim mesmo que não posso, então, está com vocês. Vamos para cima. Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, disse no evento do último domingo (2), ressignificado por integrantes da comunidade LGBTQIA+ como um ato de violência.
"Deus não tem como resetar, como matar, como recomeçar a humanidade. Na minha pregação, deixo claro que cabe a nós puxarmos a corda e resetarmos. Quando digo nós resetarmos, não digo nós matarmos, pelo amor de Deus, gente"
Pastor André Valadão
Mín. 23° Máx. 37°