O candidato da direita, o economista Javier Milei, venceu as eleições primárias a presidência da República neste domingo (13) e disputará as eleições em 22 de outubro.
De acordo com dados oficias, com mais de 97% das urnas apuradas, Javier Milei ficou com 30% dos votos. A coalizão de centro-direita Juntos por El Cambio ficou em segundo lugar, com 28%. Os partidos de esquerda, da coalizão do presidente Alberto Fernández e da vice-presidente Cristina Kirchiner, obtiveram 275.
Fernández resolveu não disputar a reeleição devido a economia arrasada, a inflação em mais de 100% e a popularidade baixa.
As eleições prévias, chamadas de Paso – primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias – são um termômetro para a disputa presidencial da Argentina. São 35 milhões de eleitores aptos a votar e definem as chapas que vão concorrer na eleição de outubro.
Milei concorre sozinho dentro da sua coalizão, mas tanto o governo como a oposição têm mais de um candidato. Milei lidera o voto por chapas e foi o candidato mais bem votado, com 7 milhões.
Javier Milei alcançou 30% dos votos; Sergio Massa, ministro da Economia do governo de Fernández, 21%; e Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança, teve 17% dos votos.
Milei é admirador de Jair Bolsonaro e Donald Trump e é filiado ao “A Liberdade Avança”. Ele pretende dolarizar a economia e fechar o Banco Central. Javier une o voto dos indignados com os partidos esquerdistas, principalmente entre os mais jovens. Bolsonaro já declarou apoio ao candidato da direita Argentina.
Após votar neste domingo, o candidato da direita declarou a repórteres que membros da “casta de políticos entrincheirados” estão tentando estigmatiza-lo. Ele também disse que a Argentina tem uma chance de mudar depois de décadas de fracasso.
Analistas políticos manifestaram surpresa com a vitória de Milei. O resultado já faz a imprensa chamá-lo de o “furacao Milei”.
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