Durante uma entrevista concedida pela agência de notícias públicas argentina Télam na cidade do Vaticano, o Papa Francisco declarou que há candidatos na Argentina que são como “Flautista de Hamelin”, que no meio de crises “encantam as pessoas e as levam a se afogar”.
O Papa que é cidadão argentino, fez referência ao conto dos Irmãos Grimm sem mencionar Milei diretamente, mas criticou os políticos que propõem reformas do trabalho que “cortam direitos”.
Francisco ainda salientou que “os jovens se amarram a milagres, a messias”, para enfrentar cenários complexos. “O Messias é só um, o que nos salvou todos. Os outros são palhaços do messianismo”, afirmou o Papa.
Francisco fez uma referência aos governos de direita na Europa, declarando que “as grandes ditaduras nascem de uma flauta, de uma ilusão, de um encanto do momento. E depois percebemos que afogamos todos”.
Em março em outra entrevista, Papa Francisco tinha alertado sobre o risco de uma “Síndrome de 1933” na Argentina, fazendo uma referência a obra de Siegmund Ginzberg, que relatou as dificuldades internas da Alemanha de Weimar que permitiu a ascensão de Adolf Hitler ao poder.
O Papa ainda negou ser comunista. Milei tinha acusado o pontífice de ser “comunista” o tinha associado a “ditaduras sangrentas”. Milei tinha chegado a considerar Francisco como o “representante do demônio na Terra”.
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*Com informações Revista Oeste