O famoso jornal francês Le Monde publicou uma reportagem com a primeira-dama Janja da Silva, nesta segunda-feira (30). A matéria traz uma foto de Janja sorrindo, vestida de indígena e fazendo o gesto do coração com as mãos. O título da publicação: “Janja, primeira-dama do Brasil, e ‘vice-presidente’ do presidente Lula”.
O Le Monde também ignorou, assim como Janja, as sucessivas demissões de mulheres do alto escalão do governo petista. Para o jornal francês, Janja é hoje uma das “figuras mais influentes do Brasil”.
O veículo de comunicação destaca o peso de Janja para formação do primeiro escalão do governo federal. Nesse sentido, o jornal cita como indicação de Janja a cantora baiana Margareth Menezes no comando do Ministério da Cultura.
O correspondente Bruno Meywefeld, de São Paulo, que assina o texto, também não mencionou o fato de a primeira-dama não ter usado, por exemplo, toda a sua “influência” no amparo imediato às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, no início de setembro, tragédia que deixou 40 pessoas mortas e centenas desabrigadas.
A “vice” de Lula sobrevoou a região gaúcha 20 dias depois da tragédia, repetindo a postura que teve no período do Carnaval, quando outra tragédia abalou o Brasil matando 44 pessoas no litoral paulista por causa de fortes chuvas. Janja foi acusada pelos opositores de Lula, chamados pelo Le Monde de “extrema direita”, de ter tido “pouca empatia”.
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*Com informações Revista Oeste
