Quinta, 19 de Setembro de 2024

Papa diz que bênção a casais homossexuais quer incluir, não dividir

A declaração consta em uma entrevista publicada, nesta segunda-feira (29), pelo jornal italiano La Stampa sobre a declaração Fiducia supplicans, que autoriza a bênção de casais homossexuais

29/01/2024 às 17h20
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O Papa Francisco a cada dia causa mais engajado nas causas homoafetivas. Dessa vez, o pontífice afirmou que, apesar dos protestos de “pequenos grupos ideológicos”, a recente aprovação da bênção a casais homossexuais ou em situação irregular para a Igreja tem a intenção de “incluir, não dividir”.

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A declaração consta em uma entrevista publicada, nesta segunda-feira (29), pelo jornal italiano La Stampa sobre a declaração Fiducia supplicans, que autoriza a bênção de casais homossexuais ou de divorciados que se casaram novamente.

“Perguntam-me por quê. Eu respondo: o Evangelho é para santificar a todos. Claro, desde que haja boa vontade”, disse Francisco.

E acrescentou: “E devem ser dadas instruções precisas sobre a vida cristã. Enfatizo que não é a união que é abençoada, mas as pessoas. Mas somos todos pecadores: por que então fazer uma lista dos pecadores que podem entrar na Igreja e uma lista de pecadores que não podem permanecer na Igreja? Isto não é o Evangelho”.

O papa opinou ainda que “aqueles que protestam veementemente pertencem a pequenos grupos ideológicos” e que um caso à parte é o dos africanos.

“Para eles a homossexualidade é algo ruim culturalmente, não a toleram. Mas, em geral, espero que gradualmente todos se acalmem diante do espírito da declaração Fiducia supplicans do Dicastério para a Doutrina da Fé: quer incluir, não dividir. Convida-nos a acolher e depois confiar nas pessoas e confiar em Deus”, comentou.

Por esta razão, Francisco não teme um cisma.

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“Na Igreja sempre houve pequenos grupos que expressaram reflexões cismáticas. Devemos deixá-los fazer e passar… e olhar para frente”, assegurou.

O líder religioso falou também sobre os rumores de uma possível renúncia devido ao seu estado de saúde, e garantiu que estes não o incomodam, porque “é uma possibilidade para todo pontífice”.

“Mas agora não penso nisso. Não me preocupa. Quando não aguentar mais, acabarei por começar a pensar nisso. E a rezar por nós”, concluiu.

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*Com informações Agência Estado 

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