Quinta, 19 de Setembro de 2024

Dezenas de palestinos morrem durante ataques israelenses em Gaza

Cerca de 80 pessoas foram detidas, incluído algumas acusadas de terem participado dos sequestros de 7 de outubro no sul de Israel pelo Hamas

06/02/2024 às 07h48
Por: Tatiana Lemes Fonte: Agência Brasil
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Foto: Reprodução
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Nas últimas 24 horas operações das forças israelenses em toda a Faixa de Gaza mataram e capturaram dezenas de palestinos.

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Nesta terça-feira (6) o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, prossegue o quinto périplo pelo Oriente Médio, em busca de estabelecer uma trégua no conflito entre Israel e o Hamas, que está prestes a entrar no quinto mês.

De acordo com as Forças Armadas israelenses, o sul de Khan Younis foi o foco dos combates nas últimas horas. Cerca de 80 pessoas foram detidas, incluído algumas acusadas de terem participado dos sequestros de 7 de outubro no sul de Israel pelo Hamas, que desencadearam a guerra em Gaza.

O Exército israelense afirmou que está envolvido em combates próximo a Khan Younis, a maior cidade do território, que Israel acredita ser o lar de líderes do movimento islâmico palestino.

Yahya Sinwar, líder do Hamas, originário de Khan Younis, está em fuga “de esconderijo”, revelou o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, na noite desta segunda-feira.

“Tornou-se agora um terrorista em fuga, deixando de ser o líder do Hamas” no território palestino, acrescentou Gallant, sem informar a localização atual de Sinwar, que acusa de ter planejado o ataque de 7 de outubro.

O Ministério do Hamas anunciou 99 mortos entre a noite de segunda-feira e a manhã desta terça-feira, bem como os ataques aéreos e os disparos de artilharia nas áreas de Rafah e Khan Younis.

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Nas redes sociais o Crescente Vermelho Palestino disse que as forças israelenses detiveram o diretor-geral administrativo do hospital Al-Amal em Khan Younis.

Cerca de 8 mil pessoas foram retiradas da unidade hospitalar após os bombardeios israelenses, acrescentou a organização comunitária, No entanto, 40 idosos deslocados, cerca de 80 pacientes e feridos, bem como uma centena de trabalhadores administrativos e médicos permanecem no interior do hospital.

A organização indicou que centenas de famílias deslocadas estão abandonando o hospital e a sede da agência, dois locais sitiados durante mais de duas semanas devido a bombardeios e disparos contínuos.

Os ataques também visaram a Rafah, no extremo sul do território, nas últimas 24 horas, cidade que tinha 270 mil habitantes antes da guerra, mas onde mais de 1,3 milhão de pessoas que fugiram dos combates estão agora amontoadas em condições críticas, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

Pelo menos 20 palestinos foram mortos durante o fim de semana em ataques israelenses em Rafah, cidade anteriormente considerada zona segura pelos militares israelenses.

Conforme a ONU, os recém-chegados a Rafah dispõem agora apenas de 1,5 a dois litros de água por dia para beber, cozinhar e lavar, e os casos de diarreia crônica entre as crianças estão aumentando.

A cidade superpovoada, situada na fronteira fechada com o Egito, poderá ser o próximo alvo de Israel, que afirma querer “exterminar” o movimento islâmico, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

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