Quarta, 16 de Julho de 2025

Rede clandestina sabotou governo Bolsonaro dentro do Itamaraty

Grupo atuava de forma contrária às determinações do executivo federal

13/12/2022 às 12h14 Atualizada em 13/12/2022 às 12h30
Por: Fonte: Uol
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Montaram um esquema de contatos diretos com governos estrangeiros
Montaram um esquema de contatos diretos com governos estrangeiros

Uma rede clandestina foi implantada dentro do Itamaraty como forma de sabotagem ao governo do presidente Jair Bolsonaro, segundo o jornalista Jamil Chade em notícia veiculada pelo UOL.

Revelou também que encontros clandestinos eram realizados para debater temas e definir passos, além de não darem a devida atenção às medidas ou determinações do governo que deveriam ser aplicadas.

O grupo atuava de forma contrária às determinações do executivo federal e agiam por conta própria. Logo, essas ações podem ter implicado em diversas complicações internacionais para o governo federal e tido influência direta no resultado das eleições de 2022, segundo Chade.

 Procurado para comentar a reportagem, o Ministério das Relações Exteriores se manteve em silêncio.

 Os encontros clandestinos eram apenas uma das táticas de sabotagem da resistência, que também:

  • Montou um esquema de contatos diretos com governos estrangeiros, sem ter de passar pela cúpula do Itamaraty e com o objetivo de desarmar crises diplomáticas.
  • Limitou-se a ler “a instrução que chegou de Brasília”, em reuniões na ONU, OMS ou OEA, sem uma atuação de empenho para convencer os demais países a seguir o Brasil em suas posições.
  • Copiou documentos que poderiam ser usados para defender um diplomata contra acusações e registrar a ilegalidade de certos atos do Planalto.
  • Gravou reuniões de forma clandestina nas quais a cúpula bolsonarista ordenou a suspensão de termos de documentos ou o veto a determinadas resoluções que citassem a palavra “gênero” ou outros temas delicados.
  • Vazou informações para a sociedade civil sobre o posicionamento do Brasil na esperança de que uma pressão pública fosse feita para impedir que um determinado ato fosse concretizado.
  • Publicou artigos sob o nome de outra pessoa ou de um acadêmico.
  • “Arrastou o pé”, diminuindo o ritmo de trabalho na implementação de instruções estabelecidas pela cúpula.
  • Enganou a chefia ou informou o que era absolutamente necessário, ocultando da cúpula situações ou posições por parte de outros governos.
  • Realizou reuniões sem registros na agenda oficial, impedindo que certos temas ou debates entrassem no radar da direção.
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