Nesta quarta-feira (7) policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) deflagraram a 3ª fase da Operação Bypass e prenderam outros dois gerentes envolvidos no esquema de uma organização criminosa que furtou R$ 1,5 milhão de uma instituição financeira em Campo Grande. Os criminosos pretendiam desviar R$ 10 milhões, de acordo com as investigações.
Segundo o delegado Pedro Henrique Pillar Cunha, as investigações começaram em agosto de 2023, a Polícia Civil foi informada por meio de uma instituição financeira que teria ocorrido a subtração, através de 129 transferências Bancárias ilícitas.
“Uma equipe do Garras foi no local e a gente identificou que ali havia um dispositivo eletrônico fraudulento embaixo de uma das mesas. A transação estaria sendo feita por meio de um notebook do banco e alguns outros elementos necessários para a prática de subtração de valores ilícitos em grande quantidade”, relata.
As investigações prosseguiram com medidas cautelares, logo após constatarem o crime, cumprimentos de mandados de prisões e de buscas e apreensões. Em outubro, o gerente de um banco foi detido após um falso sequestro que envolveu membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A Polícia deflagrou a Operação Bypass, no dia 11 de dezembro do mesmo ano, e prendeu dois gerentes de banco após o furto de mais de R$ 1 milhão de uma instituição financeira na Capital. O crime aconteceu em agosto e segundo a Polícia, os funcionários usaram um dispositivo fraudulento.
Um terceiro preso disse em depoimento ao Garras que o falso sequestro foi planejado em São Paulo, por membros da facção que eram especialistas em invadir computadores.
Na 2ª fase da Operação Bypass, realizada nesta terça-feira (6), um homem de 29 anos foi preso em São Paulo. Ele é apontado nas investigações como um dos chefes da organização que atua nacionalmente, na prática de crimes na modalidade “Cangaço Digital”.
O suspeito foi identificado após a prisão do funcionário de um banco e pessoas que atuavam como intermediárias. Além do mandado de prisão contra ele, o Garras cumpriu outros dois mandados de busca e apreensão contra o suspeito.
“Conseguimos identificar um intermediário desses indivíduos com uma organização criminosa do estado de São Paulo voltada para crimes envolvendo cangaço digital e então a partir daí a gente conseguiu contextualizar os envolvidos no estado do Mato Grosso do Sul que foram cooptados a integrar essa organização criminosa que tem sua sede no estado de São Paulo”, afirma.
Segundo a Polícia, o modo de operação do grupo leva esse nome por se tratar de uma modalidade moderna de atuação: “É uma evolução do novo cangaço e está sendo chamada de cangaço digital porque ao invés dos indivíduos criminosos se exporem em roubos a banco, em domesticidades, eles utilizam outros meios que acabam que viabilizam uma maior subtração de valores, eles se expõem menos”, explica.
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*Com informações Midiamax