Um jovem de 24 anos foi indiciado pela morte da mãe, a psicóloga Simone do Nascimento, de 46 anos. Ela foi fatalmente ferida ao ser jogada do carro na MS-320, em Três Lagoas, no último dia 7 deste mês, um domingo. Após o incidente, o rapaz dirigiu por cerca de 35 quilômetros, levando o corpo da mãe até os avós maternos na cidade de Andradina (SP). Embora tenha sido encaminhada para atendimento, Simone veio a óbito. No mesmo dia, o filho foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e omissão de socorro.
Nesta terça-feira (16), a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), com o apoio da delegacia de Polícia Civil de Andradina (SP), concluiu as investigações deste caso de feminicídio. Segundo a polícia, inicialmente, a ocorrência foi registrada como um suposto suicídio. O filho da vítima alegou que estavam retornando de um rancho em Três Lagoas para Andradina quando a mãe teria se jogado do carro em movimento.
No entanto, durante as investigações, foi constatado que o feminicídio foi praticado pelo próprio filho. O autor, que é usuário de drogas, foi visto no rancho em um estado bastante alterado, discutindo com a mãe porque desejava dirigir o carro até a cidade.
"Nós localizamos testemunhas na rodovia MS 320, que liga a área rural onde eles estavam até a zona urbana de Três Lagoas, que viram esta vítima parada na rodovia. A testemunha parou também. A vítima pediu ajuda e disse que estava sendo agredida pelo filho. E a testemunha viu o filho pegando a vítima pelo braço, pela nuca, colocando-a novamente dentro do carro, e seguiu o caminho. Quando a testemunha olhou pelo retrovisor, ainda viu a vítima engatando pela Rodovia. Depois, a última visão que se tem desta vítima, mais ou menos, em um raio de 8 km à frente, foram as outras testemunhas que viram o corpo dela caindo de dentro do carro onde ela estava", contou a delegada Letícia Mobis, titular da DAM de Três Lagoas e responsável pelas investigações.
Segundo a delegada, esses elementos, juntamente com outros fatos apurados na investigação, principalmente as lesões no corpo da vítima e o histórico do filho, que já tinha sido detido e condenado por agredir a mãe em 2022, foram fundamentais para desvendar o feminicídio. O caso foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para julgamento. Simone, que trabalhava no Hospital Cassems em Três Lagoas, foi sepultada no último dia 9, em Andradina (SP).
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