A arrecadação federal proveniente de impostos, contribuições e outras fontes de receita atingiu, em março de 2024, o montante de R$ 190,6 bilhões, conforme divulgado pela Receita Federal nesta terça-feira (23/4). Esse resultado representa um aumento real (ajustado pela inflação) de 7,22% em comparação a março de 2023, quando totalizou R$ 177,8 bilhões.
No acumulado do ano, de janeiro a março de 2024, a arrecadação totalizou R$ 660,8 bilhões, registrando um aumento de 8,36% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando alcançou R$ 609,9 bilhões.
Esse desempenho representa o melhor resultado arrecadatório desde o início da série histórica, em 1995, tanto para o mês de março quanto para o trimestre.
De acordo com o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, o aumento verificado no período pode ser atribuído ao comportamento das variáveis macroeconômicas, à retomada da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e à tributação dos fundos exclusivos, conhecidos como "super-ricos".
O aumento na arrecadação contribui para o governo avançar em direção à meta de déficit fiscal zero em 2024. No entanto, essa meta é considerada ambiciosa pelo mercado financeiro, que prevê um déficit acima do intervalo de tolerância permitido pelo novo Marco Fiscal, a norma que controla os gastos públicos.
Em 2023, o governo federal apresentou um déficit primário de R$ 230,5 bilhões, correspondendo a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado foi influenciado pelo pagamento represado do estoque de precatórios, as dívidas da União emitidas pela Justiça e não sujeitas a recurso governamental, em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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*Com informações Metrópoles