Na sequência da operação deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (11), cinco suspeitos foram presos sob acusações de arapongagem durante o governo de Jair Bolsonaro. A investigação estabeleceu uma conexão direta entre quatro casos chave, onde o ex-presidente figura como figura central: os inquéritos da “Abin paralela”, das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais. Segundo a PF, a arapongagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) desempenhou um papel crucial na tentativa de subverter o estado democrático de direito, motivando os delitos que culminaram nos eventos de 8 de janeiro de 2023.
A Procuradoria-Geral da República endossou a tese, descrevendo o “gabinete do ódio” de Bolsonaro como parte de uma organização criminosa mais ampla, dedicada a atacar opositores, instituições e sistemas republicanos. A investigação revelou que a chamada “Abin paralela” não era paralela de forma alguma, mas sim uma ferramenta do presidente para perseguir adversários políticos. Renan Calheiros, João Doria, e Kim Kataguiri estão entre os alvos identificados até o momento.
De acordo com a coluna de Ricardo Noblat, do Metrópoles, o relatório da PF também revela trocas de mensagens que incluem sugestões de violência explícita contra figuras como o ministro Alexandre de Moraes do STF. Com o inquérito em fase final, espera-se que a Polícia Federal ofereça indiciamentos contra Jair Bolsonaro, seus filhos Carlos e Flávio, além de Alexandre Ramagem e Augusto Heleno, programados para agosto. A investigação continua a desdobrar-se à medida que mais detalhes emergem sobre as atividades ilegais associadas à administração anterior.
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