Quinta, 19 de Setembro de 2024

Tensão eleitoral na Venezuela: Maduro adverte sobre possibilidade de "banho de sangue"

Líder venezuelano alerta para consequências de eventual derrota nas eleições de 28 de julho em discurso inflamado em Caracas

18/07/2024 às 09h19
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Em um discurso realizado na noite de quarta-feira (17), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou um alerta sombrio à nação, sugerindo que uma derrota eleitoral poderia desencadear um "banho de sangue" e uma "guerra civil fratricida". Maduro, que busca um terceiro mandato, enfrenta a oposição liderada por Edmundo González nas eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 28.

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Durante seu pronunciamento na Paróquia La Vega, Maduro reiterou suas preocupações com o futuro do país, enfatizando a importância de uma "vitória histórica" para evitar um cenário de conflito interno. Segundo as últimas pesquisas de opinião, González, o principal concorrente, mantém uma confortável vantagem de 47 pontos percentuais sobre Maduro.

"Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida como resultado dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória na história eleitoral do nosso povo", declarou Maduro, ecoando suas preocupações anteriores sobre os riscos de instabilidade após as eleições.

As tensões políticas têm escalado nas semanas que antecedem o pleito, com Maduro acusando repetidamente a oposição de planejar interferências e contestar os resultados eleitorais. Recentemente, o líder venezuelano alertou sobre possíveis protestos violentos e acusações de fraude por parte dos opositores, reiterando seu compromisso em garantir a legitimidade do processo eleitoral.

Apesar das críticas internacionais e das preocupações levantadas por organizações de direitos humanos, Maduro continua a controlar tanto o sistema judiciário quanto o eleitoral do país, levantando dúvidas sobre a transparência das eleições. Observadores internacionais foram convidados para fiscalizar o processo, mas permanece incerto se seus relatórios serão reconhecidos como válidos.

Desde o início da campanha eleitoral, a oposição tem denunciado uma série de repressões por parte das autoridades, incluindo prisões arbitrárias e obstáculos à participação política. A detenção recente do chefe de segurança de María Corina Machado, substituída por González na corrida presidencial, gerou novas críticas à administração de Maduro, com a oposição acusando-o de intensificar a repressão contra seus adversários políticos.

Enquanto o país se prepara para o dia decisivo das eleições, a incerteza e a tensão política continuam a marcar o cenário venezuelano, com o futuro político da nação pendendo na balança entre promessas de mudança e alertas de conflito iminente.

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