Às vésperas das eleições presidenciais na Venezuela, previstas para o próximo domingo (28), o país enfrenta uma turbulência política significativa. Uma série de incidentes envolvendo a deportação de parlamentares e ex-presidentes que tentavam entrar no país tem levantado sérias preocupações sobre a transparência e a legitimidade do processo eleitoral. Entre os afetados estavam membros do Partido Popular da Espanha, parlamentares latino-americanos e um deputado português do Parlamento Europeu.
Esses observadores foram convidados pela oposição ao governo de Nicolás Maduro para monitorar as eleições, mas ao chegarem em Caracas na sexta-feira (26), foram imediatamente deportados. Esse acontecimento gerou uma grande repercussão nas redes sociais e indignação entre os políticos afetados. A senadora colombiana Angélica Lozano foi uma das que se manifestaram, descrevendo em um vídeo que foi obrigada a deixar a Venezuela sob o que ela chamou de “abuso total do regime.” Segundo Angélica, seus passaportes e os de seus colegas foram retidos por cerca de uma hora e meia sem nenhuma explicação.
Além de Angélica, vários outros parlamentares latino-americanos e europeus sofreram a mesma sorte. A deportação em massa levantou preocupações adicionais sobre a legitimidade das eleições venezuelanas, visto que a presença de observadores internacionais é fundamental para garantir a transparência e a justiça do processo. No mesmo dia, o governo venezuelano emitiu um decreto que fechava todas as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas do país para pessoas e veículos, com validade da meia-noite de sexta até as 8h da manhã de segunda-feira (29). A justificativa oficial foi a manutenção da segurança e proteção do processo eleitoral. No entanto, críticos do governo Maduro interpretam essa ação como uma tentativa de limitar a observação internacional e esconder possíveis irregularidades.
Os deportados incluem figuras influentes em seus respectivos países, tais como:
Esses representantes foram convidados pela oposição venezuelana para supervisionar o processo eleitoral e assegurar sua transparência. Contudo, sua deportação gera sérias dúvidas sobre a abertura do regime venezuelano à observação internacional.
A deportação desses observadores internacionais pode comprometer a legitimidade das eleições na Venezuela. Sem a presença desses supervisores, a transparência e justiça do processo eleitoral ficam seriamente comprometidas. A oposição acusa o regime de Maduro de restringir a observação para manipular os resultados e se manter no poder.
O fechamento das fronteiras intensifica as preocupações, sugerindo um ambiente de repressão e controle estatal. Essa ação pode ser interpretada como uma tentativa de isolar o país e impedir que informações importantes cheguem à comunidade internacional.
A deportação de parlamentares e ex-presidentes na véspera das eleições presidenciais na Venezuela coloca em xeque a transparência e a legitimidade do processo eleitoral. A medida, justificada como uma questão de segurança, é vista por críticos como uma estratégia para limitar a observação internacional e encobrir possíveis irregularidades. As ações do governo de Nicolás Maduro levantam sérias questões sobre o futuro da democracia no país.
Num cenário político tão tenso, a repressão em detrimento da transparência pode ter consequências duradouras, afetando não apenas a política interna da Venezuela, mas também suas relações internacionais. A comunidade internacional observa atentamente, esperando compreender o desenrolar dos acontecimentos e o futuro político deste país sul-americano.
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*Com informações Terra Brasil