Na noite de terça-feira (13), o PSOL e o DC apresentaram um pedido de impugnação à candidatura de Beto Pereira, do PSDB, à prefeitura de Campo Grande, e de sua vice, coronel Neidy (PL). O pedido se baseia em alegações de que Pereira, ex-prefeito de Terenos, tem irregularidades insanáveis em sua gestão anterior, conforme apontado por três processos no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS).
Os partidos sustentam que Beto Pereira figura na lista de políticos com contas reprovadas e que suas irregularidades são incompatíveis com os requisitos de elegibilidade para a candidatura. Entre as acusações estão a condenação por irregularidades em contratos e processos licitatórios, além de multas que ele ainda tenta adiar judicialmente. O presidente do TCE-MS, Jerson Domingos, confirmou que Pereira possui contas rejeitadas por “irregularidade insanável” e “imputação de débito”, evidenciando a gravidade das denúncias.
A impugnação também questiona a validade das liminares concedidas por conselheiros do TCE-MS, que foram nomeados por Reinaldo Azambuja, líder do PSDB. Segundo o PSOL e o DC, essas liminares, que suspenderam temporariamente as condenações de Pereira, são "absolutamente irrelevantes" pois decisões de colegiado do TCE-MS só podem ser alteradas por decisão judicial. Eles alegam que a Justiça Eleitoral deve decidir se as irregularidades configuram inelegibilidade.
O pedido de impugnação destaca que, enquanto prefeito de Terenos, Beto Pereira foi condenado a devolver quantias significativas aos cofres públicos devido a irregularidades em processos licitatórios e contratos. Entre os processos citados, um deles resultou na condenação de Pereira a devolver R$ 33.981,42 devido a uma irregularidade em contrato, e outro envolveu um direcionamento de licitação, resultando na devolução de R$ 15.478,00. Adicionalmente, foi condenado a devolver R$ 30.970,16 por falhas na execução de um contrato para asfaltamento de ruas.
Os partidos também apontam coincidências suspeitas nas decisões judiciais, observando que as liminares foram concedidas pouco antes da publicação oficial das candidaturas, sugerindo que Pereira estava ciente das irregularidades e tentava evitar as consequências.
A reportagem entrou em contato com o jurídico e a assessoria de comunicação da campanha de Beto Pereira para obter um posicionamento sobre os pedidos de impugnação, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. O espaço permanece aberto para manifestações.
O desenrolar deste caso pode ter implicações significativas para a corrida eleitoral em Campo Grande, especialmente no que diz respeito à transparência e à integridade das candidaturas. A decisão da Justiça Eleitoral será crucial para definir os próximos passos e a validade das candidaturas contestadas.
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