Segunda, 16 de Setembro de 2024
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Juros altos: O novo vilão das finanças que supera o desemprego na inadimplência brasileira

Pesquisa aponta que os altos juros são agora a segunda principal causa de inadimplência, atrás apenas do desemprego

28/08/2024 às 10h03
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O cenário econômico brasileiro enfrenta um novo desafio: o impacto dos juros elevados nas finanças pessoais. De acordo com uma pesquisa divulgada pela plataforma Acordo Online, os altos juros são a segunda maior causa para a inadimplência no país, ficando atrás apenas do desemprego.

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O levantamento revela que 36% dos brasileiros atribuem a falta de trabalho como o principal motivo para não quitarem suas dívidas. Em seguida, 18% dos entrevistados citam as taxas de juros como o principal fator, enquanto 14% apontam o descontrole financeiro como razão para a inadimplência.

A série histórica dos dados mostra uma tendência crescente no peso dos juros no orçamento das famílias. Em 2023, o desemprego era citado por 41% da população como razão para a inadimplência, enquanto as taxas de juros afetavam 17%. Esse ano, a situação se inverteu, refletindo a persistência das altas taxas de juros.

Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), destaca a importância do acompanhamento do orçamento. “Anotar os gastos e controlar o uso do cartão de crédito é crucial para evitar novas dívidas em um cenário de juros altos. Com taxas elevadas, o pagamento das dívidas se torna mais complicado, não apenas no presente, mas também no longo prazo”, explica Tobler.

Apesar do desafio dos altos juros, a melhora no mercado de trabalho tem contribuído para a recuperação financeira dos brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média do brasileiro aumentou de R$ 3.037 em 2023 para R$ 3.214 neste ano, um crescimento de 5,8%. Esse aumento é impulsionado pelo crescimento do emprego formal, que agora conta com cerca de 38 milhões de pessoas, e pela redução da taxa de desemprego de 8% para 6,9% no último ano.

A melhora na renda e no mercado de trabalho pode ajudar a mitigar o impacto dos juros altos, mas a combinação desses fatores continua a desafiar a capacidade dos brasileiros de manter suas finanças em dia.

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*Com informações CNN

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