O Partido da Causa Operária (PCO), cujas redes sociais foram suspensas pelo ministro Alexandre de Moraes em 2022 devido à propagação de informações falsas, voltou a criticar o magistrado em uma nova postagem. A publicação, feita no X (antigo Twitter), ironiza as decisões de Moraes relacionadas ao bloqueio de redes sociais e prisões de acusados de disseminar informações falsas e ofensas a magistrados.
Na postagem, o PCO utilizou a frase irônica: “Não gostei do post. Teje [sic] preso”, acompanhada da hashtag “ForaXandão”. A crítica reflete o descontentamento do partido com o que consideram ser uma repressão à liberdade de expressão e um ataque às suas posições políticas.
O PCO teve suas redes sociais suspensas em junho de 2022, após uma série de publicações questionando o sistema eleitoral e criticando decisões de Moraes e dos tribunais superiores, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre as postagens, havia críticas severas como chamar Moraes de “skinhead de toga” e alegar que o Judiciário estava promovendo uma “ditadura” no Brasil.
“Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF”, dizia uma das postagens controversas do PCO. Outra mensagem afirmava: “Tribunal Superior Eleitoral quer impor censura a manifestações políticas em shows. Fascista Alexandre de Moraes é um dos pilares da ditadura do Judiciário e vai presidir o TSE nessas eleições. #ForaBolsonaro #LulaPresidente #PCO”.
Em fevereiro de 2023, Moraes revisou a decisão de bloqueio das contas do PCO, avaliando que o partido havia cessado a divulgação de conteúdos prejudiciais ao processo eleitoral e a incentivos a atos antidemocráticos. No entanto, a liberação dos perfis foi condicionada ao cumprimento de uma medida cautelar que impôs ao PCO a abstenção de publicar ou compartilhar notícias fraudulentas, com uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
A nova postagem do PCO no X reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a atuação do Judiciário na regulação das redes sociais. A ironia e a crítica direta ao ministro Alexandre de Moraes destacam a tensão contínua entre o partido e o sistema judicial, evidenciando a polarização em torno das questões de censura e controle da informação no Brasil.
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*Com informações Metrópoles
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