O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que só tomará uma posição sobre o seu sucessor após o segundo turno das eleições legislativas, previsto para 29 de outubro. Em declarações recentes, Lira destacou a importância de manter a harmonia dentro da Casa e elogiou o líder dos Republicanos, Hugo Motta (PB), sem revelar ainda seu apoio oficial.
Embora tenha comunicado aos líderes participantes em setembro que sua preferência é de Motta, Lira enfatizou que o momento atual não é adequado para discutir a sucessão. "Não é momento para a gente estar falando de sucessão na Câmara, pelo menos agora. O segundo turno vai passar, e aí a gente se posiciona", afirmou o presidente durante a 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol em São Paulo.
A escolha de Motta, que provocou descontentamento entre aliados do ex-favorito Elmar Nascimento (União Brasil-BA), gerou uma divisão no Centrão. Nascimento classificou a decisão de Lira como “traição” e foi unida a Antônio Brito (PSD-BA), estabelecendo uma estratégia de apoio mútuo na disputa. Enquanto isso, Lira se esforça para fortalecer sua base de apoio e endossar Motta em busca de votos na Câmara.
Lira acredita que, apesar das divergências, é possível chegar a um consenso. “Se não chegar, vamos ter o que é salutar na política, a maioria vence e a maioria vai ser respeitada”, ressaltou. No entanto, a falta de unidade entre os candidatos torna essa perspectiva cada vez mais difícil.
A divisão entre os aliados tem impactado os trabalhos da Câmara, dificultando a realização de reuniões tradicionais entre líderes, um indicativo da complexidade do cenário político atual. Com três nomes principais na disputa – Motta, Nascimento e Brito – o clima de incerteza persiste, e a definição sobre a nova liderança continua a ser um tema sensível e crucial para o futuro do Parlamento.
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*Com informações Jovem Pan